SEM MORAL: Passado anti Collor de Leonardo Dias no Facebook pode frear aliança bolsonarista em Alagoas

As redes sociais do vereador por Maceió Leonardo Dias (PL) revelam um passado de militância do combativo parlamentar da capital contra o ex-presidente e agora pré-candidato ao governo de Alagoas Fernando Collor (PTB).

Postagens feitas no passado por Dias, e ainda presentes no perfil do Facebook do vereador, revelam que até bem pouco o seu discurso se mostrava incompatível com qualquer chance de aliança com o senador, atual aliado do presidente da República.

Por exemplo, em 2018, Leonardo Dias disse textualmente e de público em comentário sobre a eleição daquele ano: “Segundo o presidente do PSL em Alagoas, a coligação local deverá ser aprovada pela Nacional. Pois bem, se aprovarem mesmo uma coligação com Fernando Collor, Bolsonaro perde meu voto e meu apoio”.

Explica-se: em 2018, Leonardo Dias e Bolsonaro eram filiados ao então PSL e Collor era candidato ao governo do estado (candidatura que acabou abandonando no meio do caminho). Na ocasião, Dias deixou claro seu descontentamento em ver seu partido aliado ao ex-presidente, ameaçando inclusive romper com o então candidato Bolsonaro caso o PSL nacional aprovasse a união e o apoio a Collor em Alagoas.

Mais recentemente, em junho de 2020, meses antes de sua campanha vitoriosa a vereador em Maceió, Leonardo Dias voltou à carga: “Se eu conseguisse me eleger vereador faria de tudo pra ser candidato ao Senado, só pra disputar com Fernando Collor e Renan Filho (em 2022). O primeiro (Collor) sequestrou nossa poupança. O segundo (Renan Filho), acabou com ela. Não é possível que Alagoas terá apenas essas duas opções em 2022”, cravou Leonardo.

Moral da história: se nesta eleição o PL, partido de Leonardo Dias, aprovar a união com Collor, o vereador terá muita dificuldade em explicar esta aliança para seu eleitorado e para os seguidores de Bolsonaro em Alagoas.

E, mais ainda, se Dias for o vice de Collor na disputa pelo governo alagoano, o parlamentar maceioense terá que se desdobrar para justificar a sua mais nova “amizade de infância”.

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