OVELHA NEGRA: Rodrigo Cunha diz “NÃO” à CPI do Ministério da Educação

O senador Rodrigo Cunha (PSBD), aquele que se gaba dizendo que é contra a corrupção (menos quando envolve seus aliados), foi um dos que negaram a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do MEC. Cunha foi contra ao Senado investigar mais um dos escândalos do governo, que envolveria desvios de recursos, superfaturamentos e orçamento secreto. O caso de corrupção também pode envolver Arthur Lira, Jair Bolsonaro, dentre outros.

 Em áudio divulgado pelo jornal Folha de S.Paulo, o então ministro da Educação, Milton Ribeiro, afirmou que o governo federal prioriza a liberação de verbas a municípios que eram indicados por Santos e Moura —os recursos eram direcionados a obras de creches, escolas e quadras e para a compra de equipamentos eletrônicos.

“Foi um pedido especial que o presidente da República fez para mim sobre a questão do [pastor] Gilmar”, diz o ministro no áudio obtido pela Folha de S. Paulo. As negociações até envolviam quilos de ouro. Para serem abertas, os requerimentos para instalação das CPI’s necessitam de, no mínimo, 27 assinaturas. Depois, cabe ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), fazer a leitura no plenário e determinar a publicação do documento. Sem a assinatura de Rodrigo Cunha, em primeiro momento, a CPI foi inviabilizada.

Parlamentar também não viu valor na CPI da Covid

CÍNICO: Voto de Rodrigo Cunha impediu investigação de negociatas

No entanto, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) na sexta-feira conseguiu as assinaturas necessárias para protocolar o pedido de abertura da CPI. Não é de se espantar o comportamento de Cunha. Na CPI da Covid, Rodrigo Cunha mal deu as caras e depois foi no Instagram dizer que sugeriu a investigação de respiradores em Alagoas. Enfim, usando a investigação para “lacrar” nas redes sociais fazendo oposição nula contra a Família Calheiros. Rodrigo Cunha é o senador que assiste tudo em cima do muro.

O parlamentar também criticou a falta de isenção da CPI da Covid, bem como a atuação do presidente Jair Bolsonaro na condução da pandemia. Quanto à CPI do MEC, além de não participar, impediu, naquele momento, que senadores mais empenhados se debruçassem em cima das denúncias de corrupção na pasta da saúde. E o mais interessante é que Cunha afirmou que não irá fazer campanha a Jair Bolsonaro em Alagoas. Negar a CPI é mais do que uma campanha, é endossar tudo o que o governo federal faz.

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