CASO JET SKI: Corregedora nacional de Justiça fecha o cerco contra desembargador e juiz

Fábio Bitencourt e Bruno Massoud são investigados por suposta troca ilegal de favores

Já foi noticiado pela imprensa que o corregedor-geral de Justiça de Alagoas, desembargador Fábio Bitencourt, e o juiz Bruno Araújo Massoud estão na mira do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que apura uma suposta troca de favores entre os magistrados. O fato ganhou repercussão em janeiro deste ano. E está próximo de uma conclusão. Segundo o CNJ, o processo de número 0009126-69.2021.2.00.0000, que tem como relatora a corregedora nacional de Justiça Maria Thereza de Assis Moura já está concluso para decisão.

Em 2018, Bittencourt processou a empresa Yamaha para conseguir um jet-ski novo, já que o antigo teria apresentado defeito. Porém, a máquina já estava fora do prazo de garantia. É aí que teria acontecido o esquema. O corregedor é suspeito de encaminhar o caso deliberadamente para as mãos do juiz Bruno Araújo Massoud, cuja decisão foi favorável ao desembargador. Maria Thereza decidiu pela apuração da denúncia contra os magistrados alagoanos diante do entendimento de que há indícios suficientes para uma investigação sobre a atuação do juiz da 12ª Vara de Maceió.

Em fevereiro, o desembargador e ex-corregedor-geral de Justiça de Alagoas, Fernando Tourinho de Omena Souza, foi intimado a prestar esclarecimentos das razões pelas quais designou, em novembro de 2020, Bruno Massoud para responder pela 2ª Vara Cível de Maceió. À época, Massoud era titular da Comarca de Boca da Mata, município localizado a 76 km da capital. A desembargadora Elizabeth Carvalho do Nascimento também foi inquirida. Uma das justificativas para troca de varas seria o término da licença médica do Juiz de Direito titular daquela unidade, Gustavo Souza Lima.

Querendo mais provas, a corregedora solicitou, em março, o início e o término das licenças médicas do magistrado, em 2020 e em 2021, fechando cada vez mais o cerco. E no dia 17 deste mês, cobrou ainda mais informações do Judiciário alagoano para finalizar suas conclusões.

Botão Voltar ao topo