Dia do Professor: Educadores contam suas experiências em sala aula

Professores compartilham sentimentos e experiências em diferentes modalidades de ensino

Dispostos a abrir mentes e contribuir com o aprendizado da sociedade, os professores são agentes de mudança e transformação. Para homenagear os quase quatro mil profissionais que contemplam a Rede Municipal de Maceió com muito saber, no dia 15 de outubro é comemorado o Dia do Professor.

Rita de Cássia tem 36 anos de magistério.

A professora da Escola Municipal Dr. Orlando Araújo, na Ponta Verde, Rita de Cássia Santos, aos 60 anos de idade, já registra 36 longos anos de sala de aula, sendo 25 deles com ensino noturno, na modalidade de Educação de Jovens e Adultos (Ejai). Ela não contém seu entusiasmo ao expressar o amor que tem pelo magistério e pontua que a troca de conhecimentos em sala, resulta em uma paixão infindável pelo que faz.

“Ejai, é a minha paixão, pois estamos sempre aprendendo com a garra de nossos estudantes trabalhadores. Grande parte são alunos que vêm de uma rotina diária de muito trabalho e, muitas vezes, chegam à escola cansados. Cabe a nós, professores, incentivá-los e motivá-los. Sou muito grata e me orgulho muito de ser professora”, definiu a educadora.

Para além do conhecimento pedagógico, Rita busca “tornar a vivência um grande poema”, como define em seu olhar empático aos interessados pelo saber. Além de transmitir conhecimento, ela é também responsável pela criação do jornal temático “Folha Poética Orlando Araújo”, projeto desenvolvido por ela em sala de aula, que dá voz aos estudantes para expressarem sua trajetória de vida ante as páginas das produções.

“No livreto, eles narram toda a sua trajetória de vida. Nome dos pais, cidade onde nasceu, quando começou a trabalhar e porquê pararam de estudar. Essas são obras valiosíssimas para uma professora que, como muitos, é apaixonada pela educação”, afirmou.

Para os adultos, conhecimento, para as crianças descoberta e muita imaginação. No Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) São Sebastião, no Prado, a professora do Ensino Infantil, Potyra Dias, tem uma larga jornada com o magistério. “Especial”, é o adjetivo que ela usa para definir como se sente com a possibilidade de abrir mentes.

“Desde que tive contato com o Ensino Infantil, me encantei, pois a curiosidade, o deslumbramento, a pureza e empolgação dos pequenos com o novo me fez sentir uma grande motivação em ser professora. Me sinto especial por estar diariamente com as crianças, me responsabilizando por seus aprendizados”, disse.

À distância ou presencialmente, os projetos não pararam. Potyra foi uma das contadoras do programa “Conta pra mim”, realizado pelos professores do Cmei São Sebastião. A educadora explica que graças à força de vontade dos professores da creche, foi possível manter os laços afetivos com os alunos durante o ensino remoto.

“Através de um planejamento contínuo de suas ações, sempre desenvolvemos atividades que incentivam a criatividade, a curiosidade e trazem informações através de uma metodologia lúdica, favorecendo o trabalho com a escuta das crianças em experiências e situações de aprendizagem. Esse projeto, além de ampliar o repertório de histórias, aproximou as crianças do Cmei”, explica Potyra.

Compartilhar conhecimento, propagar educação e mostrar novas perspectivas de mundo. Para ser professor é necessário muito esforço, preparo e dedicação. Na Escola Municipal Luís Pedro IV, No Gama Lins, a professora de base, dos primeiros anos do Ensino Fundamental, Rosa Maria, já tem15 anos na rede e se realiza com a possibilidade de conduzir novas mentes. Rosa, durante o momento de pandemia, foi responsável por desenvolver um trabalho de desenvolvimento de leitura. Ela explica o processo e pontua que foi necessário se reinventar.

“Sou professora por vocação, me apaixonei pela profissão e me sinto realizada em sala. Nesse período de pandemia, tivemos que nos reinventar, eu tinha uma realidade em sala e me deparei com outra no modo remoto. No começo, eu tinha pouca habilidade com recursos e tinha de dar aula na minha casa, mas meus estudantes estavam sem muito contato com as atividades pedagógicas, e eu, enquanto professora precisava fazer algo. Peguei um espaço na minha casa e montei uma sala de aula. O professor é um profissional guerreiro, e nós podemos fazer a diferença na vida de cada criança em sala de aula”, concluiu Rosa.

Nathan Araujo (estagiário)/Ascom Semed

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