ROMBO: Nomes de envolvidos em operação que investiga desvio superior a R$ 435 milhões em notas fiscais, são divulgados

Uma operação do Ministério Publico de Alagoas (MPAL) deflagrada na manhã desta quarta-feira (12) investiga o desvio superior a R$ 435 milhões em sonegação fiscal e lavagem de bens. A operação denominada de Noteiras ocorre simultaneamente em Alagoas e São Paulo. O  Grupo de Atuação Especial no Combate à Sonegação Fiscal e Lavagem de Bens (Gaes) também solicitou 265 contas correntes de pessoas físicas e jurídicas no valor total de R$ 435.132.254,09. Segundo os investigadores, esse é o valor estimado do prejuízo ao tesouro estadual de Alagoas e dos demais estados.

Ao todo, foram expedidos 77 mandados judiciais, todos da 17ª Vara Criminal da Capital. Para Alagoas, são 10 de prisão e, para São Paulo, outros 14. Já de busca e apreensão são 37 no estado paulista e mais 16 em Maceió.

“Esta é uma investigação que já dura dois anos e foi planejada com muito cuidado porque envolve pessoas de outros estados. Inclusive, temos uma promotora de Justiça que está fora de Alagoas exatamente para acompanhar o cumprimento dos mandados de prisão na capital paulista”, informou o coordenador do Gaesf, promotor de Justiça Cyro Blatter.

“A Noteiras, em resumo, pretende cumprir prisões, bloquear contas e valores, apreender documentos, bem como qualquer outro elemento de convicção supostamente utilizado na prática desses crimes ligados às atuações ilícitas da Orcrim que age, principalmente, em Alagoas e em São Paulo”, acrescentou o promotor.

O esquema

De acordo com o Gaesf, as fraudes aconteceram por meio da emissão de cerca de 20 mil notas fiscais fraudulentas, no valor aproximado de R$ 4 bilhões, visando a geração de falsos créditos tributários através de empresas fantasmas, com informações inverídicas relativas a propriedade e gestão desses estabelecimentos comerciais que jamais existiram.

Para o cometimento dos ilícitos penais havia participações criminosas de contadores, empresários, “testas de ferro” e “laranjas”. Todos eles são acusados de organização criminosa, falsidades ideológica e de documentos, fraudes societárias, lavagens de bens, dentre outros ainda em apuração. Tudo isso causou vultosos prejuízos ao erários dos dois estados e o valor exato final do dano se encontra em apuração nas fazendas públicas de Alagoas e de São Paulo. Outros estados também serão alvos de operações posteriores.

Para esta operação, o MPAL contou com o apoio do Ministério Público de São Paulo, da Secretaria de Fazenda de São Paulo e da Procuradoria-Geral do Estado de São Paulo.

Ainda de acordo com os promotores, somente em Alagoas, 132 empresas foram investigadas, além de 89 em São Paulo e 16 em outros Estados.

Alguns dos presos eram contadores. Aqui no estado, foram detidos José Roberto da Silva Júnior, Elissandra Nazario da Silva, João Praxedes Filho, Karilla Roberto da Silva, Alisson Rangel Amorim da Silva, Rogério Cesar da Paz dos Santos, Fábio Roberto da Rocha Nunes, José Givaldo Silva dos Santos, Jessica da Silva e Tracy Scarleth da Silva Santiago (esta encontra-se foragida).

Por sua vez, em São Paulo, foram detidos Evandro Franco de Almeida, Marcela de Fátima Momesso Franco de Almeida, José Eduardo Massa, Edilson Medeiros de Freitas, José Carlos Viana, Leonardo Massa, Renan Ataíde do Prado, Denis Francisco de Oliveira, Cassia Cristina Alonso, Cristiane Cintia das Chagas, Ana Carolina Crivelli Rodrigues de Souza, Guilherme Martins Perez, Débora Luiz da Silva e Rodrigo Onofre (este em negociação para se entregar).

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