CPI DA COVID – ‘Gabinete das sombras’ tentou adulterar bula da cloroquina, diz Renan Calheiros

Relator da CPI da Pandemia, o senador Renan Calheiros classificou que os primeiros depoimentos dos ex-ministros Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, realizados na terça (04) e quarta (05), foram bastantes produtivos para o andamento da Comissão. Em coletiva, o senador reforçou que o objetivo da Comissão é seguir o roteiro, investigar e ouvir as pessoas.

“Estamos começando agora os trabalhos na CPI, mas posso dizer que até agora os depoimentos foram bastantes produtivos no que diz respeito ao papel da Comissão. Conseguimos diversas informações, de números e de testemunhos. A presença dos ex-ministros vai ajudar muito para que possamos aprofundar toda a investigação”, afirmou.

Para fechar a semana de oitivas, é esperado nesta quinta-feira (06), o depoimento do atual ministro da saúde, Marcelo Queiroga, às 10 horas (na qual, depoimento já começou) e a tarde, às 14h, o diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres. “Continuo mantendo as melhores expectativas para os próximos depoimentos. Vamos procurar saber dos fatos, e como tem sido as ações no combate a pandemia”, disse senador Renan.

Por fim, o relator completou colocando que os trabalhos da CPI seguem, mantendo a imparcialidade necessária. “Ainda temos muito trabalho pela frente. Tudo será feito de forma imparcial e isenta, para no futuro, fazer nosso relatório com tudo que foi colhido, buscando apurar as responsabilidades e encontrar as saídas que minimizem os efeitos dessa crise”.

Declarações

“Estes primeiros depoimentos deixam clara a existência de um ministério paralelo da saúde, um poder paraestatal, um gabinete das sombras, desconhecido, que não apenas aconselha, assessora, mas produz documentos, como a tentativa de burla na bula da cloroquina”, afirmou o relator da CPI da Covid.

Renan Calheiros destacou que esse “gabinete das sombras” tomou decisões sem o conhecimento dos dois ex-ministros da Saúde, como a determinação para o laboratório do Exército de produzir mais cloroquina. “Nenhum dos dois ministros tomaram conhecimento para o aumento da produção de cloroquina, isso foi ao arrepio do Ministério da Saúde”, afirmou Renan Calheiros.

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