EMPREGO – Pesquisa aponta que falta de autoconfiança dificulta busca por emprego

Mercado desafiador e a falta de confiança dos profissionais em si mesmos são os principais entraves para conseguir uma oportunidade no país. É o que revela pesquisa da rede social profissional LinkedIn.

O estudo entrevistou mais de 30 mil pessoas em mais de 20 países, incluindo mais de 2.000 respondentes brasileiros, de 18 a 65 anos, sobre quais eram as maiores preocupações e oportunidades e os maiores entraves para mudar a sua situação atual.

Dificuldades

Os respondentes brasileiros citaram quais eram os principais entraves para alcançar as oportunidades. Do ponto de vista macroeconômico, isto é, levando em conta fatores que não estão no controle do profissional, foram citados:

  • mercado de trabalho desafiador
  • possível recessão global
  • idade do profissional, empatada com o status financeiro
  • comprometimento e falta de suporte da família
  • saúde e deficiências físicas do profissional
  • educação do profissional
  • localização geográfica

 

Já do ponto de vista micro, ou seja, para fatores que podem ser controlados pela pessoa, foram citados:

  • falta de confiança e medo de falhar
  • falta de networking
  • falta de motivação
  • falta de tempo
  • falta de experiência de trabalho
  • falta de aconselhamento
  • falta das habilidades necessárias

Sabemos que para alguns fatores, especialmente macroeconômicos, fogem do controle do profissional fazer algo para mudar a situação. No entanto, vale sempre fazer o exercício de avaliar quais são os fatores internos que podem ser mudados, seja de curto a longo prazo. A regra de ouro é entender quais são os entraves que estão te impedindo de avançar em uma oportunidade, listar quais mudanças dependem de você e o que você pode fazer para mudar este cenário?, comenta Milton Beck, diretor geral do LinkedIn na América Latina.

Oportunidades desejadas

O levantamento também mapeou quais são as oportunidades que as pessoas gostariam de alcançar. Quase 90% dos respondentes (87%) a nível global mencionaram oportunidades relacionadas a trabalho, seguido por oportunidades sociais (59%), de educação ou aprendizado (29%), networking e mentorias (22%) e de empreendedorismo (18%).

Dentro das oportunidades de emprego, as opções mais citadas foram:

  • um trabalho com bom equilíbrio de vida profissional e pessoal (40%)
  • poder fazer o que ama (também com 40% das menções)
  • estabilidade e segurança no trabalho (38%)
  • poder utilizar suas habilidades (30%)
  • receber reconhecimento pelo que faz (25%)
  • Já no Brasil, as oportunidades mais mencionadas são:
  • poder fazer o que ama
  • estabilidade e segurança no trabalho
  • trabalho com bom equilíbrio de vida profissional e pessoal

Preocupações

Em nível global, quando questionados sobre quais eram as maiores preocupações que tinham, os entrevistados elencaram os seguintes tópicos:

  • problemas ambientais (18%)
  • segurança (14%)
  • problemas de saúde (13%)
  • qualidade educacional (8%)
  • privacidade digital (7%)
  • fake news e aumento do custo de vida (6% cada)
  • custo com cuidados de saúde (3%)
  • recessão econômica, estabilidade no trabalho, desigualdade social e planos futuros de aposentadoria (2% cada)

No Brasil, o índice de preocupações ficou diferente, com a segurança em primeiro lugar:

  • segurança (29%)
  • qualidade educacional (16%)
  • saúde (12%)
  • problemas ambientais (11%)
  • privacidade digital (6%)
  • fake news e aumento de custo de vida (4% cada)

O que faz a vida boa

A pesquisa mapeou ainda qual era, segundo os entrevistados, o conceito de uma ?vida boa?. Para quase 50% das pessoas em nível global, a expressão era sinônimo de ?boa saúde? (49%). A independência financeira ficou em segundo lugar, com 29% das menções, seguida por um relacionamento amoroso (26%).

Apesar das oportunidades de emprego terem sido as mais buscadas pelos respondentes, um emprego estável (19%) foi uma das opções menos citadas, empatada com ter tempo livre e equilíbrio entre vida pessoal e profissional, também com 19%.

No Brasil, o ranking ficou semelhante, com a boa saúde também liderando (49%). A independência financeira também se manteve, mas com 37%, enquanto o trabalho estável foi o terceiro item mais citado (24%). Viajar por lazer (22%) e uma casa própria (20%) ficaram em quarto e quinto lugar, respectivamente.

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