CRIME: Ministro diz que não falta dinheiro para combater vazamento de óleo no Nordeste

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse hoje (29) que não faltam recursos ao país para combater o vazamento de petróleo no Nordeste. As manchas de óleo cru começaram a chegar às praias no fim de agosto e atingiram mais de 200 localidades em todos os estados da região. Desde então, foram recolhidas mais de 1 mil toneladas do produto, numa extensão de 2,5 mil quilômetros.

Soldados do exército brasileiro trabalham para remover um derramamento de óleo na praia de Itapuama, em Cabo de Santo Agostinho, Pernambuco, Brasil, 22 de outubro de 2019. REUTERS / Diego Nigro

Segundo Albuquerque, o trabalho é coordenado pela Marinha e a origem do vazamento ainda é desconhecida. “O ministério presta apoio e faz parte do gabinete que está acompanhando essa situação. Não tenho conhecimento de nenhuma conclusão que se tenha chegado. Nós temos evoluído muito ao longo do tempo, mas a causa desse óleo é desconhecida”.

O ministro conversou com a imprensa depois de participar, na manhã de hoje (29), da mesa de abertura da Offshore Technology Conference (OTC) Brasil 2019, quinta edição do principal congresso de petróleo e gás do país, que vai até quinta-feira (31) no Centro de Convenções Sulamérica, no centro do Rio de Janeiro.

Albuquerque elogiou a iniciativa da Petrobras de colocar à disposição todos os meios da empresa na solução do problema, inclusive na investigação da origem do vazamento. Segundo ele, a comunidade internacional está mobilizada em torno da questão.

“Esse esforço está sendo feito de forma integrada e com a comunidade internacional. Todos estão envolvidos, a Organização Marítima Internacional, que tem sede em Londres, vários órgãos internacionais, não só de prevenção do meio ambiente, mas também que estão ligados ao setor de petróleo e gás, estão buscando e enviando informações para que se chegue a uma conclusão”.

O diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Décio Oddone, que também participou do evento, disse que o fato é inédito, por não se saber a origem do vazamento. “Não conheço um evento como esse que tenha acontecido no mundo, onde não se sabe a origem, o volume, a causa. Não se consegue monitorar em tempo real porque parte do petróleo vazado fica por baixo da água, por ser mais denso”.

Segundo Oddone, o laboratório da ANP também está ajudando na análise das amostras e a agência integra o grupo de investigação, junto com a Marinha e o Ibama. “Não foi um vazamento originado no Brasil, não foi em águas brasileiras, não tem relação com operações no Brasil”, disse Oddone.

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