Denúncia contra quadrilha de Gilberto Gonçalves chega à Procuradoria Geral da Fazenda

Uma quadrilha tomou conta de Rio Largo. E, o pior: com apoio de um promotor de Justiça. Essa é a denúncia do empresário Helder Cavalcante de Moura, que une forças, documentos e provas para incriminar o atual prefeito da cidade, Gilberto Gonçalves (PP). Suas denúncias já rendem frutos. Gonçalves, um velho conhecido da Polícia Federal por meio da Operação Taturana, é alvo de investigação da Câmara de Vereadores do município.

No entanto, Moura foi mais longe e protocolou no dia 13 de julho uma denúncia contra o prefeito endereçada à Procuradoria Geral da Fazenda Nacional. No documento, nomes de uma possível quadrilha formada pelos filhos do prefeito e, claro, laranjas.

Os nomes citados são: Gabriela Cristina Gonçalves, Geoberto Gonçalves, Claudio Ferreira da Silva, José Carlos dos Santos, Dorgival Luiz Romeiro, Alexandre Rosa da Silva e José Rubens Gonçalves.

Segundo a denúncia, Gonçalves, durante os últimos 20 anos, vem fazendo uso do nome e documentos de terceiros, inclusive seus próprios filhos desde a menor idade, escondendo renda e patrimônio em nome de laranjas, e escriturando imóveis com valor bem abaixo do preço de mercado.

“Identificamos 24 empresas do grupo econômico liderado pelo Sr. Gilberto Gonçalves da Silva, onde os sócios são variados e alterados entre si, várias delas com participação direta no quadro societário o próprio Gilberto, conforme relatório anexo, estando interligadas: 1- Pela atividade principal da venda de alimentos (Supermercado ou similar); 2- Repetição dos mesmos sócios e; 3- grupos de empresas instaladas em um dos domicílios do líder do Grupo Econômico Gilberto Gonçalves”, mostrou o dossiê.

Com a ocultação do patrimônio em nome de terceiros, e mediante a abertura de empresas em nome de diferentes sócios, o prefeito teria conseguido fraudar 38 processos trabalhistas, em sua maioria em fase de execução de sentença e penhora de bens.

“Há mais de 15 anos o denunciado detém a posse e administração (proprietário de fato) de vários imóveis suntuosos na cidade de Rio Largo, registrados em nome de seu funcionário: José Carlos dos Santos, ou de seu filho: Geoberto Gonçalves da Silva Cordeiro, cujos valores investidos para aquisição e reformas tem origem anônima, nunca declarada pelos beneficiados, e que a vida social pública e notória dos supostos proprietários, é totalmente incompatível com os valores investidos e o status de sócios e administradores de empresas”, denunciou o empresário.

Ao tomar posse como prefeito, Gilberto Gonçalves prestou a falsa declaração que: “até a data presente, não possuo bens móveis e imóveis”, desatendendo assim os requisitos legais previstos nos §§ 1º e 2º do artigo 13 da Lei de Improbidade Administrativa nº 8.429/1992, que exige além de declaração anual (2017 e 2018) com atualização dos bens adquiridos ano a ano.

Trecho da denúncia

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