Destino de Thicyane Sales será decidido dia 15 de maio

A carreira política da vereadora por Barra de Santo Antônio Thicyane Sales (PSL) pode estar com os dias contados. Ela, que foi eleita em 2016, já teve seu diploma cassado pela Justiça de 1º grau por compra de votos e uso de poder econômico. O esquema criminoso teve a participação da mãe da parlamentar, a secretária de Educação do município e ex-vereadora Tânia Sales. O Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AL) irá julgar o último recurso no dia 15 de maio.

Em março do ano passado, Thicyane Sales foi cassada e ficou inelegível por oito anos. A decisão foi proferida Juiz da 17ª Zona Eleitoral, Willamo de Omena Lopes. Ela  foi a segunda mais votada na cidade com 4,48% dos votos válidos, representando 434 votos.

A denúncia na 17ª zona eleitoral foi do vereador Adalio Rios, do PTC, que teria relatado o abuso de poder econômico por captação ilícita de sufrágio. Na representação, Rios informou à Justiça que “a futura vereadora pelo Município de Barra de Santo Antônio, ora impugnada, durante o período das eleições de 2016, aliciou numerosa parcela de eleitores deste município para, em troca de dinheiro e materiais de construção- em especial tijolos e sacos de cimento, subtrair-lhes o mais valioso capital político em um regime democrático, o voto”.

Na decisão, o juiz traz o depoimento de testemunhas, inclusive de uma eleitora do município que alega que teve o voto comprado por dois sacos de cimento e mais R$ 200.

O trecho da sentença traz a seguinte informação: “é eleitora há 8 ou 10 anos; que não trabalhou para Dona Thcyanne; que um dia antes da eleição, a mesma esteve em sua casa, e como estava precisando muito, fez um pediu a mesma de 2 sacos de cimento e 200 reais, para ajudar no aluguel; que no mesmo recebeu os 200 reais, para ajudar no aluguel; que no mesmo momento recebeu os 200 reais e os sacos de cimento pegou no depósito junto à lotérica; que recebeu um papelzinho e só fez entregar ao dono do depósito; que a Dona Thicyanne pediu para que sua pessoa e seu esposo votassem nela no dia da eleição; que tem conhecimento, por ouvir dizer, que Dona Thicyanne ajudou a muita gente na rua que a testemunha reside, tanto com dinheiro como com cimento; que tinha gente também que precisava de tijolos e a mesma fornecia; que votou nada de ninguém, porque não estava precisando…”.

Segundo o magistrado, foi comprovada a prática de abuso de poder político/econômico e captação indevida de sufrágio (corrupção eleitoral) pela impugnada, tem-se como violada a lisura e a igualdade de oportunidade na disputa eleitoral.

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