PROTESTO: Professores e alunos participam de assembleia contra corte de recursos

Na tarde da última quinta-feira (8), aconteceu a Assembleia Unificada contra o bloqueio do orçamento da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). Convocado pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE), pela Associação dos Docentes da Ufal (Adufal) e pelo Sindicato dos Trabalhadores da Ufal (Sintufal), o ato, inicialmente, iria ocorrer no Auditório Nabuco Lopes (Reitoria), mas precisou ser transferido para a área externa, pela quantidade expressiva de participantes.

Diversos estudantes, professores e servidores técnicos fizeram falas em defesa da autonomia universitária, da educação pública e da própria Ufal. “A Universidade pública é de qualidade em ensino, pesquisa e extensão. Não somos uma fábrica de diplomas e precisamos expor e valorizar a nossa produção acadêmica, nossos serviços, nosso valor perante a sociedade”, afirmou o professor

Outros realizaram discursos emocionantes sobre como a Universidade Federal de Alagoas foi um catalisador de mudanças em suas trajetórias pessoais. “Eu sou pobre, bicha, filho de camponesa, sem um real no bolso. Para mim, o ensino público superior fez toda a diferença. E saindo do discurso pessoal, essa mudança de vida que a educação proporciona precisa continuar acontecendo na vida de muitos estudantes”, afirmou Luciano Amorim, docente do Campus Arapiraca.

A assembleia resultou em sete encaminhamentos sobre o assunto que foram votados pelos inscritos das três categorias. Com isso, foi definida a adesão da Ufal à  Paralisação Nacional, que acontecerá na próxima quarta-feira (15), além da organização de atos públicos em Maceió e em Delmiro Gouveia. Também foi aprovada, para o mesmo dia,  uma exposição de pesquisas e atividades de extensão dos estudantes da Universidade no Calçadão do Comércio, levando a importância do que é produzido na Ufal para o público externo.

Os participantes votaram ainda por um calendário de mobilizações com diversas frentes, como a ida de grupos ao aeroporto para receber parlamentares e pressionar contra a reforma da previdência e contra os bloqueios na educação; e atos em defesa da educação pública a partir de amanhã até o dia da Paralisação Nacional.

A reitora, Valéria Correia, avaliou positivamente os resultados da Assembleia Unificada de hoje. “Penso que é hora de união em defesa da Universidade Pública brasileira e dos Institutos Federais. E o posicionamento dos três segmentos, articulados, e também da nossa Gestão, em defesa da Universidade é muito importante porque é uma forma de sensibilizar a sociedade e o próprio Ministério da Educação (MEC) sobre quanto esse corta inviabiliza o funcionamento das IFES e o nosso valor para a sociedade. Esse ato foi uma defesa, um abraço interno do que a Ufal significa, e precisamos engajar a sociedade sobre a importância que temos para gerações e gerações de alagoanos.”, finalizou.

 

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