“Quem bate esquece, já quem apanha nunca esquece”, é com esse trocadilho que o portal A Notícia vem repudiar o absurdo divulgado na última segunda-feira, 29, pelo Tribunal de Justiça de Alagoas.
O órgão irá homenagear nesta terça-feira, 30, Cícero Alves de Lima Júnior, por ter concluído o curso de administração a distância enquanto estava preso. Chamado de ex-reeducando, o bandido assassinou em 2009, o policial civil do Tigre, Anderson Lima. Ele foi morto a tiros em assalto à Caixa Econômica Federal, na Rua do Sol, por Cícero e os comparsas, à luz do dia.
Colegas do policial morto se revoltaram pela homenagem. ” Anderson teve a vida ceifada tentando defender a sociedade, se aqui estivesse, certamente, teria muito mais certificados do que Cicero, seria destaque na Segurança Pública porque era esse o caminho trilhado. Mas, foi impedido. Ninguém pode esquecer, antes de parabenizar, até porque as leis preveem ressocialização, quem é Cícero”.
Colegas de Anderson exigem no mínimo, a identificação de Cícero e apresentação do crime que foi condenado. “Desculpem, é que em nenhum momento ele foi identificado como tal, apenas como preso que cumpre pena por latrocínio. O latrocínio que ceifou a vida de alguém que estava ali pra proteger a sociedade”, desabafa colega da família de Anderson Lima.
Após quase 10 anos de reclusão, Cícero foi solto, e em vez de receber o diploma no sistema penitenciário, terá uma formatura no Tribunal.
