MORDOMIA: Fernando Collor lidera cabide de emprego do Senado

O corte de 21 mil cargos comissionados no Executivo infelizmente nada inspirou no Senado. É o que mostra levanto exclusivo feito pelo Ranking dos Políticos. Os 81 senadores contam hoje com 2.420 assessores. O campeão é Fernando Collor (PROS-AL), que emprega 77 pessoas em seu gabinete. Na segunda posição, bem atrás, está Elmano Férrer (PODE-PI) com 58 funcionários.

Essa farra, é claro, tem custo elevado. Em 2018, o orçamento do Senado foi de R$ 4,4 bilhões, sendo que 84% destinados ao pagamento de funcionários. O valor supera o orçamento anual de Campo Grande (MS), com 900 mil habitantes. E a mordomia não para por aí, pelo menos para o senador de Alagoas. Isso porque se depender do presidente Jair Bolsonaro, os carros oficiais usados por ele, o vice e até os ex-presidentes, serão trocados por modelos novos.

O pedido já foi encaminhado para o Congresso, que poderá autorizar ou não a compra. Bolsonaro quer carros oficiais novos para ele, o vice Hamilton Mourão e também ex-presidentes: Dilma Rousseff, Michel Temer, Fernando Henrique Cardoso, José Sarney, Fernando Collor e até para Luiz Inácio Lula da Silva.

Esta foi a primeira vez que o presidente solicitou uma alteração na LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias, para este ano de 2019. Em relação a Lula, que está preso na sede da Polícia Federal em Curitiba desde abril do ano passado, vale ressaltar que o petista entrou na Justiça e conseguiu, através de liminar, ter direito a continuar usando veículos oficiais.

Lula foi condenado em duas ocasiões, sendo que em uma delas foi em 2ª instância, a 9 anos e 6 meses. Bolsonaro encaminhou o pedido para troca de veículos oficiais no dia 8 deste mês e mencionou na solicitação que é preciso ‘modernizar a frota’. Paulo Guedes, ministro da Economia, subscreveu o projeto e explicou que tal medida vem atender a um ofício do GSI – Gabinete de Segurança Institucional, que é responsável por cuidar da proteção do presidente.

A compra de novos veículos oficiais só poderá ser feita se houver autorização do Congresso, já que em 2018 foi retirada da LDO, pelos parlamentares, a permissão que já previa a aquisição dos novos carros para o presidente, seu vice e antecessores.

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