O caos instalado no bairro do Pinheiro está longe de ter fim. Das 490 famílias que tiveram que deixar o bairro por estarem em áreas de risco, apenas 80 delas receberam o auxílio-moradia disponibilizado pela Prefeitura de Maceió, através de recursos repassados pelo Governo Federal.
O pagamento teve início no começo de janeiro, após o repasse. As 80 primeiras famílias cadastradas já estão recebendo a primeira parcela, no valor de R$ 1 mil. Outras 115 famílias cadastradas serão contempladas ainda no mês de fevereiro, a partir da liberação dos recursos para o segundo lote e os demais cadastros ainda estão sendo concluídos para encaminhamento ao Governo Federal.
A previsão é que este cadastro seja concluído até a próxima semana, mas enquanto o governo federal não libera verbas, as famílias sem auxílio vivem verdadeiros momentos de tensão e incerteza.
Na manhã desta segunda-feira, 4, o prefeito de Maceió, Rui Palmeira, deu sua primeira coletiva sobre o tema após os tremores que atingiram o bairro em março de 2018. Ele informou que indenizações estão descartadas por ora e que algo do tipo só será analisada após a divulgação oficial da causa e dos responsáveis.
Muitos imóveis estão desvalorizados no bairro além da má fase dos negócios locais. Muito estão fechando ou mudando de endereço. Palmeira informou que ainda não sabe a dimensão do prejuízo que esse fenômeno está causando à economia do município.
Rui Palmeira descartou, pelo menos por enquanto, indenizações aos moradores. “Isso só será analisado após divulgação oficial da causa para saber quem será responsável”. Sobre as críticas de moradores de que o prefeito não compareceu ao bairro, Palmeira rebateu dizendo que não tem a intenção de fazer politicagem.
O bairro do Pinheiro está em alerta desde 2018 quando um tremor de terra atingiu a localidade deixando rachaduras em diversos imóveis. A instabilidade do solo e a incerteza das causa tem sido motivo para muitas evacuações na região.
