Filha de João de Deus está entre as vítimas de estupro: “Ele é um monstro”, diz

Os relatos de dezenas de mulheres que sofreram abusos sexuais por parte do médico e médium João de Deus ganharam espaço na mídia nos últimos dias.

Embora tenha tido contato com mais de 300 pessoas, apenas 40 casos foram confirmados pelo MP-GO e Polícia Civil que investigam independentemente a suspeita dos crimes.

Devido a gravidade das denúncias, o Poder Judiciário de Goiás, decretou nesta sexta-feira (14), a prisão preventiva de João de Deus.

O que a imprensa não esperava, era que uma das vítimas fosse a própria filha de João, Dalva Teixeira, de 49 anos.

Em entrevista à revista “Veja” ela contou que foi abusada pelo pai pela primeira vez aos 10 anos, durante quatro anos, quando ficou grávida de um funcionário de João.

“Ele me levou para o quarto dele, tirou minha roupa toda e eu achei aquilo estranho. Aí eu perguntei: o que você está fazendo? E ele disse: o pai vai fazer um trabalho espiritual com você. Aí ele pegou, ficou pelado, se despiu todo e começou a passar o pênis dele no meu corpo todo”, relatou Dalva

A filha do médium revelou que os abusos aconteciam em casa, no carro, nos passeios que faziam em família e em quartos da residência de amigos e até mesmo quando a própria mãe estava nos locais.

Dalva chegou a ser hospitalizada depois do pai a espancar com uma vara de ferrão, quando descobriu que ela estava grávida. Na ocasião ele disse a filha que a mataria.

“Falou que eu não ia casar. Me bateu muito, eu fui para o hospital muito machucada. Eu saí do hospital e fui para casa da minha tia acompanhada da enfermeira, porque eu estava sangrando pela vagina”, relatou.

Na manhã da quarta-feira, João de Deus compareceu à Casa onde realiza os trabalhos espirituais, pela primeira vez desde que as denúncias vieram à tona. Lá, ele disse que era inocente e que confiava na Justiça de Deus e dos homens.

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