Sem funcionários em delegacias, Sindpol teme rebelião por falta de alimentação

O Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol) denunciou que as delegacias vão mal, sem os funcionários terceirizados, devido à falta de pagamento pelo Governo do Estado.

Na manhã de hoje, o Sindpol realizou ato público em frente à Central de Flagrantes. Na oportunidade, o presidente do Sindpol, Ricardo Nazário, anunciou que  devido aos gastos com a manutenção das delegacias, o orçamento da Polícia Civil não foi suficiente para pagamento das empresas terceirizadas.

Segundo o Nazário, os policiais civis estão com receio de que os presos se rebelem por falta de alimentação, além da problemática da falta de limpeza.

A Delegacia Geral solicitou crédito suplementar para pagamento dos meses de agosto e setembro, e agora aguarda liberação do Governo do Estado.

O executivo realizou a abertura de um crédito suplementar de R$ 30 milhões para a Assembleia Legislativa, de R$ 16 milhões para o Tribunal de Justiça e de R$ 10 milhões para o Tribunal de Contas pelo Governo do Estado.

Uma publicação no Diário Oficial, revela que houve superávit na arrecadação financeira. “Se houve excesso financeiro para os poderes, por que não pagam os trabalhadores terceirizados, que prestam serviços à Polícia Civil?”, questionou Nazário.

Por falta de dinheiro, as empresas deram férias coletivas aos terceirizados, ficando as delegacias sem funcionários para a pessoal de limpeza e cozinheiro para os presos. Na Central de Flagrantes, a empresa que fornece o café da manhã para os detentos também suspendeu o serviço.

Na manifestação, o 1º secretário do Sindpol, Bartolomeu Rodrigues, ressalta que os policiais civis precisam ser respeitados.

Para o vice-diretor de Comunicação do Sindpol, Vicente Higino, a falta de pagamento dos funcionários das empresas prestadoras de serviços é uma afronte, principalmente, ao ser humano. “Estão com dinheiro sobrando nos cofres do Estado de Alagoas. Governador pague os prestadores de serviços”, afirma.

A policial civil Rosângela Rêgo informa que desde de segunda-feira (03) que a delegacia não é limpa pela empresa terceirizada. “A situação se agravou tanto que foi necessário interditar os banheiros destinados à população”.

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