Seis vereadores são afastados da Câmara de Mata Grande acusados de corrupção

Após seis meses de investigação, o Ministério Público Estadual de Alagoas (MPE/AL) afastou seis vereadores de Mata Grande durante uma operação realizada na manhã de hoje.

O Gaeco ofereceu uma denúncia contra 20 pessoas acusadas de desviar cerca de R$ 1 milhão dos cofres do Poder Legislativo de Mata Grande.

Foram denunciados José Júlio Gomes Brandão, ex-presidente e ex-vereador da Câmara Municipal de Mata Grande, Joseval Antônio da Costa, José Jorge Malta Amaral, Josivânia Cordeiro Freitas de Oliveira, Dalvino Orlando de Alencar Ferraz, George Ângeles Alencar Tenório Cavalcante e Diana Gomes Brandão Malta.

Além dos atuais parlamentares, ex-vereadores também estão sendo investigados. São eles: Erick Oliveira da Silva, Veroneide Melo Brandão, João Sérgio Oliveira Pereira e Tiara Lou de Sousa.

Também foram alvos da denúncia Gerson Klayton da Silva e Eustáquio Chaves, Sobrinho, ambos ex-diretores executivos da Câmara de Mata Grande, Antônio José Bento, proprietário da empresa AJBM de Contabilidade, Karl Andherson Barbosa, ex-controlador interno da Câmara, Vivian Climéria Ataíde, sócia-proprietária da Transloc, Hermenegildo Ramalho Mota, controlador dessa empresa, Diogo Medeiros de Barros Lima, controlador da empresa Alif Ferreira, Thiago Carneiro, empresário e Eusébio Vieira,proprietário da empresa E.P. Transporte e Serviços.

Júlio Gomes Brandão, como já está custodiado no sistema penitenciário, será comunicado sobre o novo mandado de prisão expedido em seu desfavor.

Já Hermenegildo Ramalho Mota, que trabalhava na Transloc, também deve ser encaminhado à prisão. Segundo a denúncia, ele era o responsável por receber a verba repassada pelo Poder Legislativo e repassar a Gerson Klayton para que esse fizesse a distribuição entre os vereadores.

As fraudes funcionavam com a distribuição ilícita de dinheiro público entre os vereadores por meio de contratos fraudulentos com empresas locadoras de veículos. E tudo isso ocorreu no período em que José Júlio Gomes Brandão ocupou o cargo de presidente do Legislativo, entre janeiro de 2013 e dezembro de 2016.

Tais empresas emitiam notas fiscais frias, ou seja, com valores relativos a serviços não realizados ou superfaturados, sendo assim, a Câmara Municipal pagava essas notas.

O dinheiro desviado saía da conta-corrente da Câmara dos Vereadores para a conta-corrente das empresas, que emitiam as notas fiscais fraudadas de locação de veículos, retinham o percentual de 14% e transferiam o remanescente para a conta-corrente de Eustáquio Chaves da Silva Sobrinho, que era o responsável por sacar a quantia e depositar sem identificação na conta dos vereadores.

Antes de Eustáquio Chaves, quem fazia a repartição dos valores entre os vereadores era Gerson Klayton, antecessor no cargo.

O Ministério Público requereu o sequestro de bens dos 20 denunciados, o que também foi deferido pelo Poder Judiciário.

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