Caos nas ruas: Administração de lixo deixa maceioense à míngua

A coleta irregular de lixo já foi tema de diversas reportagens na capital alagoana, além de ser um problema crônico em alguns bairros da cidade como na Feirinha do Jacintinho, Tabuleiro e na Lagoa Mundaú, agora a situação pode ficar ainda pior.

E como tudo se resolve com dinheiro e uma boa administração pública, Maceió fica à míngua mais uma vez com a notícia de que a Prefeitura Municipal deve mais de R$ 100 milhões à empresa de coleta de lixo: Viva Ambiental.

A empresa já teria garantido inclusive, que se até esta terça (4) a Prefeitura não pagar o valor, a cidade não terá o recolhimento do lixo nem o tratamento no aterro.

Sem dinheiro, a Viva Ambiental já demitiu 900 funcionários, mas ainda não receberam suas contas devido a falta de pagamento por parte da prefeitura.

Em nota, a Viva Ambiental disse que notificou o Ministério Público Estadual e o Ministério Público do Trabalho sobre o problema e as instituições mantiveram-se em silêncio absoluto.

 “Durante todo o contrato, mesmo frente à reiterada inadimplência, a empresa manteve as operações de coleta e limpeza urbana, honrando os compromissos assumidos por meio da aplicação de capital próprio em respeito à população maceioense”, diz um trecho.

Com todo esse caos, as reclamações já começaram a aparecer nas redes sociais, em especial de lugares onde o fluxo de pessoas é maior, como nas feirinhas e mercado da produção.

Em uma publicação postada por um morador a reclamação se transformou em um desabafo.

“Situação horrível pela nossa Maceió, Prefeitura deixando Maceió um caos. Os garis da Viva ambiental todos demitidos e agora as novas empresas não estão dando conta do recado.São mais de 1150 funcionários só de uma empresa sem trabalhar. Aonde vamos parar? Prefeitura saiba trabalhar! É assim que nosso prefeito quer ser governador?”, provoca.

Para conseguir o recuso, há quem diga que o prefeito estaria tentando uma negociação milionária. Uma liminar na Justiça iria conceder o empréstimo de  70 milhões de dólares para quitar os débitos.

A negociação foi aprovada pelo Senado no dia 30 de outubro, mas por falta de uma documentação não enviada pela equipe de Rui, técnicos do Tesouro Nacional deram um prazo até a entrega da papelada e ainda criticou a gestão.

Em março, Rui já tinha tentado algo semelhante, mas a Coordenação-Geral de Operações de Crédito de Estados e Municípios (Copem), ligada ao Tesouro Nacional, negou pedido de empréstimo. Porque o executivo maceioense já não tinha dinheiro para pagar o empréstimo.

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