Pesquisa revela que Alagoas investe apenas 1/3 da média nacional em saneamento básico

Mais da metade das cidades alagoanas, ou seja 56%, registraram doenças relacionadas à falta de redes de coleta de esgoto, em 2017. Segundo o levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) o investimento por habitante no setor de saneamento em Alagoas não chega a um terço do valor médio do Brasil.

Entre as doenças com maior incidência estão diarreia, dengue, verminose e zika. Outro dado que chama a atenção é que somente 12 dos 102 municípios alagoanos têm políticas de saneamento básico, o que corresponde a apenas 11% das localidades.

Isso ocorre devido aos poucos investimentos, já que no estado a média de recursos aportados em esgotamento sanitário é de R$ 61,82 enquanto a do país é de R$ 188,17. Por isso, apenas 19% da população do estado têm acesso à rede de coleta de esgoto, patamar inferior à média nacional de pouco mais de 50%.

A capital Maceió, por exemplo, ainda apresenta baixo índice de coleta de esgoto, mas a parceria público-privada (PPP) firmada entre a companhia estadual e a iniciativa privada prevê levar os serviços de saneamento para a parte alta da cidade, com objetivo de atender 75% da população. Os investimentos privados devem somar R$ 169,5 milhões no estado até 2021.

A CNI considera que a gestão de companhias pelo setor privado levará mais investimentos, melhorará a qualidade da água e expandirá as redes de esgoto nas pequenas e médias cidades. Ao contrário do que vem sendo pregado por correntes contrárias à Medida Provisória 844/2018 de que a atuação do setor privado beneficiará somente grandes municípios.

Para o órgão, a área de saneamento básico é a mais atrasada da infraestrutura brasileira. De acordo com os dados mais atuais, apenas 51,9% da população dispõem de serviço de coleta de esgoto e menos da metade do que é produzido recebe tratamento. Segundo o estudo Saneamento Básico:  o Brasil precisa ampliar em 62% os investimentos no setor, o que significa aumentar a média anual de recursos para o setor dos atuais R$ 13,6 bilhões para R$ 21,6 bilhões.

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