“Eleitores trocaram seis por meia dúzia”, diz Fernando CPI sobre a renovação política em Alagoas

Em entrevista ao A Notícia, o coordenador-geral do Movimento Nacional de Combate à Corrupção em Alagoas (MCCE) Antônio Fernando da Silva, o Fernando CPI, fez uma análise política das eleições de 2018. Confira!

Qual foi o maior erro dos eleitores em Alagoas?

A troca de políticos feita pelos eleitores foi de seis por meia dúzia. Muita gente eleita se mantém nas velhas práticas, verdadeiros lobos na pele de cordeiro. O maior erro foi acreditar em fakes news e votar de novo em corrupto de estimação.

E qual foi o maior acerto?

Que acerto? Taturanas, gabirus, políticos envolvidos com práticas ilícitas foram eleitos e na maioria dos casos reeleitos. Nossa sociedade é o espelho da nossa representação política. Tirando um ou três, a maioria é tudo banana do mesmo cacho, farinha do mesmo saco.

Grandes nomes ficaram de fora. O que achou dos excluídos?

A gente colhe o que planta. Muitos estavam se achando semideuses acima do bem e do mal. Agora terão que responder pelos seus ilícitos, se escondiam no manto do mandato para escapar da Justiça.

Qual sua análise da nova composição da Câmara Federal?

Dos eleitos, a grande maioria vai ter que gastar muita sola de sapato e mostrar seu caráter no exercício do mandato. Já outros se elegeram com a prática da compra de votos e foram denunciados. Esses terão que tomar muito Rivotril e Diazepam, pois vão ter muita insônia e dias difíceis.

E a Assembleia Legislativa?

A mesma análise da Câmara Federal, com raras exceções. A grande maioria vai ter que rebolar muito para segurar o mandato. É muito cinismo e demagogia política. Eles cometem ilícitos depois dão uma de João sem braço.

O que achou da saída de Biu de Lira e da entrada no Cunha ao Senado?

Nada contra Biu de Lira, que trouxe muitos recursos para Alagoas. Mas suas alianças políticas, seus pseudos amigos na política enterraram sua candidatura.  Quanto a Rodrigo Cunha, nada a comentar. Só basta dizer que é do PSDB e já basta.

Fernando Haddad ou Jair Bolsonaro?

Não sou filiado e nunca fui filiado ao PT e nunca fui ligado ao comunismo. O PT tem que assumir seus erros publicamente. Bolsonaro representa ideias nazifascista, não tem plano de governo e nem uma plataforma política para levantar o Brasil. Só sabe espalhar ódio, violência e preconceito. Votarei como cidadão em Haddad.

Fakenews: vilã ou estratégia política?

A fake news é a maior vilã dessa eleição. Muita mentira, notícia descaradamente falsa. O povo não olha a fonte, não investiga e compartilha. E, em muitos casos, por falta de caráter mesmo. A falta de vergonha e de respeito com a verdade será o grande legado dessas eleições.

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