Em seis anos: exploração desordenada da Salgema já causou três acidentes em Maceió

Pelo menos quatro acidentes nas unidades de exploração e processamentos do Salgema, colocaram em risco a saúde e a vida dos maceioenses nos últimos seis anos.

Em 2011, um grande vazamento de cloro na Braskem, causou uma nuvem de fumaça tóxica prejudicando 152 pessoas. O Hospital Geral do Estado ficou superlotado, onde nove pessoas permaneceram internadas em estado grave.

O segundo acidente ocorreu por conta de uma tubulação, que se rompeu e atingiu com estilhaços cinco prestadores de serviço da Braskem.

O mais recente episódio foi os tremores que ocorreram em alguns bairros da cidade, especialmente na parte alta de Maceió. Os abalos sísmicos provocaram a abertura de crateras no solo e diversas rachaduras em casas e edifícios.

De acordo com químicos e físicos,  os tremores ocorreram devido a um acomodamento perigoso de camadas das terras de superfície ocasionado por retirada da salgema, uma substância química semelhante à soda cáustica.

Eles afirmam que ações executadas pela empresa ao longo de décadas, teria provocado grandes ocos nas camadas profundas, resultando em desabamentos no subsolo.

Possíveis acidentes como estes podem acontecer a qualquer momento, visto que a empresa fica localizada em uma área urbana. É necessário que a população viva sempre em estado de alerta.

Para compensar a degradação do meio ambiente e os riscos de acidentes a população a Braskem promove e banca financeiramente projetos sócio-ambientais, nos bairros de Bebedouro, Mutange, Bom parto, Trapiche da barra, Sobral e Pontal da barra.

A Braskem se instalou nos anos 70 em Maceió para ser uma indústria de produção cloroquímica. Inicialmente instalada à beira mar da área até então, considerada nobre da cidade.

Na época da instalação, profissionais do meio ambiente chegaram a protestar contra a implantação da empresa em uma área de expansão urbana bastante promissora da cidade Entretanto a empresa venceu com o argumento de que a instalação de um polo geraria milhares de empregos – o que de fato, nunca se concretizou.

*Com O DIA +

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