Falsos médicos que atuavam no interior do estado são denunciados pelo MPE

O Ministério Público Estadual de Alagoas (MPE/AL) denunciou três pessoas por associação criminosa e exercício ilegal da Medicina, estelionato, falsidade e ideológica. Dois integrantes Bolívianos atuavam nos municípios de Major Izidoro e Piaçabuçu sem aprovação do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos, o Revalida, documento que daria autorização para que a dupla pudesse trabalhar, regularmente, na profissão de médico no Brasil.

O  município está investigando Raymundo Fagner Farias Novais dos Santos, Walmir Novais dos Santos Sobrinho e José Dênis Moura de Araújo Filho. Walmir e José Denis que prestavam serviços na Unidade Mista de Saúde Dr. Ezechias da Rocha, em Major Izidoro, e na Casa Maternal, em Piaçabuçu.

Os três acusados se uniram para praticar o crime entre março e julho deste ano. O objetivo era fraudar hospitais do Estado de Alagoas através de falsos médicos que atuavam em conluio com um profissional da medicina regularmente inscrito no CRM/AL, já que os suspeitos se utilizavam de cópia de documentos destes.

O médico Raymundo Fagner fazia o repasse de informações aos falsos profissionais sobre os hospitais carentes de médicos plantonistas, e emprestava a cópia de seus documentos e carimbo ao seu irmão Walmir Novais dos Santos Sobrinho.

Segundo o Ministério Público, uma das testemunhas do caso, após desconfiar da qualidade profissional tanto de Walmir quanto de Dênis, protocolou representação junto ao MPE/AL, relatando a sua suspeita.

Já José Dênis Moura de Araújo Filho, além de trabalhar ilegalmente como médico na Casa Maternal de Piaçabuçu, local em que se revezava  com Walmir Novais, substituiu este último no plantão do dia 9 de julho, ocasião em que também usou os documentos do próprio pai, José Dênis Moura de Araújo, assinando as fichas de atendimento do hospital, em nome do verdadeiro médico.

Foi verificado ainda que Walmir Novais possui no celular uma série de anotações de como se proceder diante de várias patologias. Num linguajar vulgar, ele fez o que se chama de ‘cola’ para cada doença ou anormalidade apresentada pelo paciente na ocasião do atendimento.

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