Vice de Bolsonaro é criticado por atrelar malandragem brasileira aos africanos

O Candidato à Vice-Presidência da República na chapa de Jair Bolsonaro (PSL), o general da reserva Hamilton Mourão disse ontem que o Brasil herdou a cultura de privilégios dos ibéricos, a indolência dos indígenas e a malandragem dos africanos.

“Ainda existe o famoso complexo de vira-lata aqui no nosso país, infelizmente”, disse Mourão, alegando que a herança do privilégio é  ibérica e que temos também herança da indolência, que vem da cultura indígena, levando em consideração suas raízes, já que ele é indígena.

Ainda no discurso ele disse que nada tinha contra a malandragem, mas sabe que ela chegou junto dos africanos. Ele negou que seu comentário tenha sido racista, afirmando que tem orgulho da  raça brasileira.

“O que eu fiz foi nada mais nada menos que mostrar que nós, brasileiros, somos uma amálgama de três raças, a junção do branco europeu com o indígena que habitava as Américas e os negros africanos que foram trazidos para cá”, disse.

Ele disse ter criticado também os portugueses: “Eu falei que a herança de privilégios é ibérica, do português que gosta de ter privilégios”.

A fala do general foi criticada por presidenciáveis. O candidato do PSOL, Guilherme Boulos, afirmou que Bolsonaro e Mourão “se merecem”. “Quando o preconceito se junta com a estupidez o resultado é esse”, criticou nas redes sociais.

A candidata da Rede, Marina Silva, também avaliou o comentário como preconceituoso. “Extremismo e racismo são uma combinação perigosa. Não podemos tolerar racismo numa corrida presidencial.”

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