Devendo mais de 1 bilhão Editora abril deve demitir 500 jornalistas

A consultoria americana Alvarez & Marsal decidiu comunicar aos funcionários da empresa sobre um corte gigante no quadro de pessoal. A estimativa é que  no mínimo, 500 pessoas devem ser demitidas.
Além da editora, outros negócios como a área de logística e distribuição de revistas serão afetadas. As demissões começarão oficialmente, na próxima quarta-feira, 8.

Há fortes indícios de que os herdeiros de Roberto Civita estão decididos a entrar com um pedido de recuperação judicial do grupo, já que a Abril deve na praça mais de R$ 1 bilhão em compromissos que devem ser honrados até 2022.

A editora, acumulou prejuízos de R$ 768,1 milhões nos últimos três anos e registrou um patrimônio negativo de R$ 715,9 milhões, no balanço de 2017.

As revistas afetadas foram a Cosmopolitan, Elle, Boa Forma, VIP, Viagem e Turismo, Mundo Estranho, Arquitetura, Casa Claudia, Minha Casa e Bebe.com. Apenas a Veja, Exame e Claudia foram poupadas, mas ainda há dúvidas sobre a manutenção da Superinteressante e Quatro Rodas.

Em 2013, a Editora Abril começou a sofrer os efeitos da revolução digital no Jornalismo. A empresa também apoiou fortemente a direita política na tentativa de ampliar público, mas o sucesso da escalada reacionária levou à radicalização da postura por parte da Abril através da Veja.

Nesse movimento, a revista adotou posturas controversas, como a aliança com tipos como Carlinhos Cachoeira, para garantir a cota semanal de escândalos. Capas inverossímeis, assunção de boatos como fatos e assassinatos de reputação foram usados no combate ao campo progressista.

 

 

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