Número de candidatos a deputado estadual e federal deve cair em 2018

As novas regras ante as eleições deste ano, ainda está deixando alguns pré-candidatos indecisos, faltando pouco tempo para a convenção partidária.

Motivos não faltam para a desistência de alguns políticos, a exemplo de Pendências na Justiça, disputas partidárias internas, tempo escasso de propaganda no rádio e na televisão e alta rejeição ou falta de popularidade.

No momento, as legendas trabalham com a difícil missão de colocar seus escolhidos na mira dos eleitores, com prazos cada vez mais curtos.

O tempo também é pouco para atrair políticos e firmar alianças, já que uma mudança na legislação em 2015 reduziu de um, para seis meses o prazo para filiação partidária de quem quer disputar a eleição.

A pressão da data limite para registrar candidatura, no dia 15 de agosto, provoca uma reflexão de viabilidade nos candidatos. Em Alagoas, alguns pré-candidatos estão aproveitando a folga da Copa do Mundo para avaliar os recursos disponíveis de campanha.

Há relatos de que uma liderança forte em Alagoas tenha perdido um a aliado, pré-candidato a deputado federal, por pedir uma quantia de mais de R$ 300 mil para fechar o planejamento.

É nesse cenário, que percebemos que até mesmo os pré-candidatos mais influentes, estão tendo dificuldades em firmar parcerias para o período eleitoral.

Se continuar com baixos recursos e iniciativas, a expectativa é que o número de candidatos  caia ainda mais, chegando a registrar por exemplo, 50% menos nomes do que nas eleições passadas, época em que 258 candidatos disputaram o pleito para deputado estadual.  Disputando as 27 cadeiras, apena 51 candidatos se sobressaíram com um número elevado de votos.

No caso dos deputados federais, em 2014 cerca de 100 candidatos disputaram as vagas, mas apenas 19 candidatos tiveram mais de dez mil votos. O baixo número de votos dos outros candidatos mostra que, muitos se candidataram apenas para compor chapa.

No entanto, com a“crise na política” esse ano, o número de candidatos pode ser menor, já que os políticos irão pensar duas vezes em gastar recursos com candidaturas para complementação.

Tudo pode acontecer, mas uma pesquisa realizada no início do ano pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP) mostrou que há uma tendência para uma baixa renovação de nomes na Câmara, podendo chegar a menor média histórica.

O principal motivo para as desistências está ligado ao desgosto com os atuais políticos e o provável aumento nos votos nulos, brancos e abstenções que permanecem como herança da crise política.

As regras criadas pelos próprios parlamentares na reforma política, incluindo a nova janela de transferências partidárias, como ocorreu em março, e a  permanência do foro, diminui as expectativas de mudança.

Dessa forma, os políticos já desgastados, abrirão espaço para filhos e parentes com o objetivo de manter o clã no poder.

Reeleição: Senado bate recorde de pré-candidaturas

Dos 54 parlamentares eleitos em 2010, ao menos 35 deles devem tentar renovar seus mandatos por mais oito anos. O Levantamento feito pelo jornal “O Estado de S. Paulo” mostrou que, o pleito de outubro terá o maior número de senadores tentando se reeleger dos últimos 24 anos.

Em 2010 a taxa de recandidaturas foi de 53,7% , em 2002 chegou a 61%  e, em 1994, ficou em 37%. Nesses anos foram eleitos dois senadores por Estado.

O resultado do levantamento confirma um retrato já observado em relação à Câmara. Em abril, o Estado revelou que ao menos 447 deputados tentariam a reeleição.

Isso quer dizer que, em tempos de Operação Lava Jato, fim das doações empresariais e redução do tempo de campanha, a renovação do Congresso pode ser menor.

A operação Lava Jato atingiu 24 senadores eleitos em 2010, desses, 17 vão buscar mais um mandato em outubro.

 

 

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