Guia eleitoral de Biu e Arthur Lira será somente de explicações

Mesmo o ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), ter arquivado os processos envolvendo o senador Benedito de Lira e o deputado federal Arthur Lira (PP-AL), pai e filho, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, os nomes da dupla serão lembrados pela operação mais famosa do país.

Segundo a denúncia, apresentada em 2015 pelo então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ambos receberam propina de R$ 2,6 milhões em 2010 e 2011, de um esquema de corrupção na Diretoria de Abastecimento da Petrobras.

“No presente caso, há elementos comprobatórios suficientes para recebimento da denúncia”, afirmou o relator, ministro Edson Fachin.

O esquema foi delatado por Ricardo Ribeiro Pessoa, empreiteiro da UTC, acusado por corrupção ativa e lavagem de dinheiro. Os parlamentares também foram citados pelo doleiro Alberto Youssef e pelo ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa.

Os parlamentares teriam sido beneficiados, a partir de 2010, por doações oficiais, valores em espécie e pagamentos por empresas de fachada para as campanhas a deputado e senador.

Pessoa afirmou que fez repasses para a campanha de Benedito de Lira, que foram posteriormente transferidos pelo senador para a campanha de Arthur Lira.

Além da condenação criminal, Janot pediu a perda de bens e valores de R$ 2,6 milhões e a reparação dos danos materiais e morais em R$ 5,2 milhões.

Rosinha da Adefal também deve explicações

A nomeação da deputada alagoana Roseana Cavalcante, a Rosinha da Adefal, para a  Secretaria Especial dos Direitos da Pessoa com Deficiência do Ministério da Justiça e Cidadania teria sido a troca de voto do senador Romário pelo impeachment da presidente eleita Dilma Roussef.

A afirmação foi feita pela deputada Mara Gabrilli (PSDB), no plenário da Câmara Federal ano passado. “Romário trocou o voto no impeachment por este cargo. Ele, que se diz honesto, está fazendo o jogo mais podre da política. Fez barganha de voto. Foi ao Palácio do Planalto, pediu o cargo e depois disse publicamente que poderia votar a favor de Dilma. Logo depois, como recompensa, a indicada dele se torna secretária”, disse Gabrilli.

 

Botão Voltar ao topo