Pós recessão: pesquisa aponta que cerca de 80% dos brasileiros estão mais economicos

Uma pesquisa realizada pela ACREFI em parceria com a Kantar TNS  revelou que 29% dos brasileiros estão mais otimistas em relação ao futuro. A avaliação foi realizada em abril desde ano, em todas as regiões do país com 1000 entrevistados entre homens e mulheres, de 18 a 65 anos.

Uma coletiva de imprensa realizada hoje (06) mostrou os detalhes da pesquisa. Antes da greve dos caminhoneiros, por exemplo, a confiança da população era maior. A incerteza financeira fez com que o brasileiro se posicionasse melhor para o futuro, o que revela um consumidor mais consciente e econômico.

Dessa forma, a maioria dos brasileiros (81%) pretende economizar mais, o reflexo é segundo o presidente da Acrefi, Hilgo Gonçalves, um aprendizado da população com relação ao difícil período de recessão enfrentado.

Em um primeiro momento os entrevistados foram perguntados qual palavra melhor caracterizava o sentimento para o futuro do país, apesar do otimismo ter crescido de 23% para 29%, cerca de 60% disseram estar preocupados com o Brasil.

A pesquisa mostrou ainda que houve diminuição  no número dos pessimistas em 2018, o percentual caiu de 9% para 5%.

Os Melhores índices está na serie histórica  do crédito, onde foi constatado durante a pesquisa, que a porcentagem de pessoas dispostas a tomar crédito aumentou de 19% para 24% em 2018, sendo o financiamento imobiliário a principal linha para esses entrevistados.

O financiamento então está na lista de 28% dos brasileiros esse ano, sendo o percentual de propensão mais alto desde 2015. A paralisação dos empréstimos ocorreu apenas, por conta da greve dos caminhoneiros que durou 11 dias.

O crédito pode não ser usado apenas para a compra de imóveis ou automóveis, mais também na quitação de débitos. Essa pode ser uma saída para os mais de 50% dos pesquisados, que afirmaram ter contas em atraso, sendo de TV a cabo , luz, água, aluguel e condomínio.

Com os dados, os especialistas acreditam que só em 2019 haverá uma melhora significativa, já que o período será de pós eleições e pós copa. Neste cenário, as informações serão mais assertivas e irão revelar as reais intenções dos brasileiros.

“As reformas são urgentes e necessárias, temos um desafio sobre a responsabilidade fiscal, então agora é esperar para ver quem vai ser o presidente. Enquanto isso,  é necessário que todos os agentes busquem eficiência com relação aos gastos e  receitas. Existindo uma convergência de propósitos no país com liderança forte, é esperado um crescimento maior que o do ano passado” adiantou Hilgo.

Após a greve dos caminhoneiros, uma revisão feita na pesquisa revelou uma redução do PIB de 2.2 para 1.7, mudança que pode gerar efeitos secundários fortes, o que não é novidade, já que este é um ano de ajuste e transições socioeconômicas.

Um reflexo disso é que a queda da inflação impactou os padrões de consumo para quase 60% dos brasileiros, principalmente no setor da alimentação (72%) e lazer (46%).

Em 2019, a projeção é que o PIB passe de 2 para 2.5, até que uma nova revisão seja feita encima do futuro representante do governo, ou seja, após as eleições. Até lá o consumo vai continuar crescendo de uma maneira sustentável, de modo direcionado e reflexivo.

“As pessoas pesquisam antes de comprar, essa tendência de olhar a capacidade do que se pode consumir vai continuar. As empresas nesse caso, têm que estar preparadas para satisfazer a necessidade do cliente, afim de para estimula-los “, disse Nicolas Tinga, economista da Acrefi.

Nos últimos seis meses, o item mais comprado por 41% dos consumidores foi o smartphone seguido por eletrodomésticos e viagens. Os produtos ainda serão os mais procurados nos próximos seis meses, de acordo com a estimativa.

Eleições

Educação e saúde devem ser as prioridades para o novo presidente, segundo os entrevistados. A maioria não soube dizer se a mudança de governo irá melhorar as condições do Brasil (43%). A pesquisa que vem acumulando resultados desde 2015, levou em consideração diversos acontecimentos políticos e econômicos do país nos últimos anos, e os impactos causados na vida do Brasileiro.

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