O juiz João Paulo Martins da Costa determinou o fechamento e a imediata paralisação das atividades do matadouro público da cidade de Porto Calvo. Além de estar funcionando de forma clandestina, sem nenhum registro junto aos órgçaos de fiscalização, o local não estaria obedecendo às normas mínimas de condições higiênico-sanitárias. Na decisão, o magistrado designou audiência entre o município e o Ministério Público para esta quarta-feira (6), às 10h, no Fórum da Comarca.
Em caso de descumprimento da decisão, o município poderá pagar multa diária no valor de R$ 10 mil. O matadouro de Porto Calvo fica às margens do Rio Manguaba e comercializa carne bovina para diversas cidades da Região Norte do Estado, no local existe um verdadeiro “caos sanitário”, trazendo risco à saúde dos trabalhadores e do restante da população.
Ainda foi revelado que não consta registro do matadouro no Serviço de Inspeção Sanitária. A Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal), inspecionou o local e o considerou inadequado nos relatórios técnicos.
Dentre as inúmeras irregularidades encontradas, estão o método abate ultrapassado, armazenamento inapropriado de carnes, funcionários não utilizaram quaisquer vestimentas ou utensílios adequados à higiene pessoal e deposito dos restos de carcaça depositados no lixão, sem qualquer tratamento.
O magistrado concluiu que é inviável a manutenção das atividades do matadouro, visto que, não estaria só permitindo o desenvolvimento do comércio de carnes de forma contrária a todas as normas a ele aplicadas, como também a sujeição da população a problemas de saúde.
