Uma investigação motivada pela morte do líder do Primeiro Comando da Capital (PCC) Rogério Jeremias, revelou parte da estrutura montada pelos líderes do PCC para o tráfico internacional de drogas. Um documento mostrava a lista de seus integrantes em cada região de São Paulo, nos Estados e em cinco países da América do Sul – Colômbia, Paraguai, Bolívia, Peru e Guiana. O primeiro cartel de drogas é supostamente chefiado por um brasileiro: Gilberto Aparecido dos Santos, o Fuminho.
Os negócios particulares dos líderes têm um faturamento de no mínimo, R$ 400 milhões por ano. Alguns policiais acreditam que esse número pode chegar a cerca de R$ 800 milhões, o que colocaria o PCC entre as 500 maiores empresas do País, com a venda de 1 tonelada de drogas por mês.
A facção entregava reais ao doleiro e recebia dólares, por meio do sistema dólar cabo, na Bolívia e no Paraguai, para pagar a produção das drogas. O sistema de lavagem da facção inclui ainda a compra de postos de gasolina (200 deles estão nas mãos de laranjas que trabalham para um bandido conhecido como Flavinho).
Esta não foi a primeira vez que a polícia descobriu um esquema de lavagem de dinheiro da facção. Para o promotor de Justiça Lincoln Gakiya, o PCC ainda é uma organização de tipo pré-mafiosa, pois lhe falta conhecimento para fazer a lavagem de dinheiro.