Tráfico de drogas: investigação revela que PCC fatura mais de R$400 milhões por ano

Uma investigação motivada pela morte do líder do Primeiro Comando da Capital (PCC) Rogério Jeremias, revelou parte da estrutura montada pelos líderes do PCC para o tráfico internacional de drogas. Um documento mostrava a lista de seus integrantes em cada região de São Paulo, nos Estados e em cinco países da América do Sul – Colômbia, Paraguai, Bolívia, Peru e Guiana. O primeiro cartel de drogas é supostamente chefiado por um brasileiro: Gilberto Aparecido dos Santos, o Fuminho.

Os negócios particulares dos líderes têm um faturamento de no mínimo, R$ 400 milhões por ano. Alguns policiais acreditam que esse número pode chegar a cerca de R$ 800 milhões, o que colocaria o PCC entre as 500 maiores empresas do País, com a venda de 1 tonelada de drogas por mês.

Entre as descobertas feitas pela inteligência policial estão remessas da facção para um doleiro da capital paulista. Em dezembro de 2017, um grupo responsável pelo tráfico internacional entregou mais de R$ 4 milhões em duas semanas. A contabilidade mostra que em uma única vez, em dezembro de 2017, o bando gastou R$ 2,5 mil para comprar malas para entregar o dinheiro.

A facção entregava reais ao doleiro e recebia dólares, por meio do sistema dólar cabo, na Bolívia e no Paraguai, para pagar a produção das drogas. O sistema de lavagem da facção inclui ainda a compra de postos de gasolina (200 deles estão nas mãos de laranjas que trabalham para um bandido conhecido como Flavinho).

Esta não foi a primeira vez que a polícia descobriu um esquema de lavagem de dinheiro da facção. Para o promotor de Justiça Lincoln Gakiya, o PCC ainda é uma organização de tipo pré-mafiosa, pois lhe falta conhecimento para fazer a lavagem de dinheiro.

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