Fernando Collor usa TV Senado para promover nova candidatura

O ex-presidente e senador de Alagoas, Fernando Collor (PTC), está usando a TV Senado para promover sua nova candidatura ao Planalto. Numa entrevista recente com perguntas amenas, ele fez propaganda do próprio governo e disse ter “desejo de voltar”.

“Posso dizer, sem falsa modéstia, que o Brasil mudou radicalmente desde o momento em que eu assumi”, elogiou-se. À vontade, Collor aproveitou o palanque para reclamar do processo de impeachment que o afastou do poder, em 1992.

“O governo que eu iniciei, para cumprir cinco anos de mandato, me foi tomado com cinco anos e meio”, protestou. O ex-presidente ficou tão satisfeito com a entrevista que decidiu divulgá-la na íntegra nas redes sociais.

 Sem chance 

 

Fernando Collor apareceu em uma pesquisa realizada na última semana pelo TDL Pesquisa & Marketing, em parceria com o site Cada Minuto. Dessa vez, Collor foi colocado no cenário como candidato ao Governo alagoano, o qual já fez parte, no entanto as intenções de voto não passaram dos 15%, ficando em 3° lugar.

Na pesquisa o governador Renan Filho (MDB) caminha para a reeleição com 49% de preferência entre os eleitores. O levantamento que foi feito em 53 municípios, durante o mês de maio revelou ainda que sem Collor e JHC, o governador deve ultrapassar os 50% das intenções de voto com folga, já que ele lidera o páreo em todas as regiões pesquisadas.

Na pesquisa a porcentagem de 17% vem em segundo lugar representando os votos brancos e nulos, já os indecisos somam 12%. Vale lembrar que Collor já disputou o governo em 2010, mas perdeu a eleição para Teotônio Vilela Filho.

Se o percentual de votos no estado em que Collor começou a carreira política já é baixo, em nível nacional uma pesquisa do CNT|MDA divulgada em maio, mostrou que ele mal atingiu os 1,4%. Dessa forma ele perde para Fernando Haddad, Álvaro Dias, Geraldo Alckmin, Ciro Gomes, Marina e Jair Bolsonaro que lidera a disputa no cenário.

A ideia inicial do político é ficar entre os extremos, ou seja, entre Bolsonaro (PSL) e o candidato indicado pelo Partido dos Trabalhadores (PT), que irá ficar no lugar do ex-presidente Lula, preso pela Polícia Federal.

De acordo com especialistas, a baixa porcentagem de votos de Collor à presidência está ligada ao legado deixado por ele antes do processo de impeachment em 1990. Os planos econômicos do ex-presidente são os mais lembrados. O poder do Estado foi usado para bloquear a poupança dos brasileiros para combater a inflação, além dos misteriosos casos de corrupção.

O parlamentar ainda é réu na Operação Lava Jato, acusado de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Entre 2010 e 2014, o ex-presidente teria supostamente recebido um repasse de pelo menos R$ 29 milhões em propinas.

 

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