Prefeita de Poço das Trincheiras será julgada por fraude nesta segunda

Após ter denúncia arquivada pela justiça em dezembro de 2017,a prefeita do município de Poço das Trincheiras, Maria Aparecida Ferreira (PMDB), será julgada na tarde da próxima segunda-feira (12), no auditório da sede do Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas. A gestora foi denunciada pelo ex-candidato a prefeito que disputou nas eleições de 2016, José Valmiro Gomes da Costa (PRP). Ela é acusada de abuso de poder econômico, e fraude nas eleições municipais.

De acordo com a Ação de Impugnação de Mandato Eletivo, elaborada pelo advogado Saulo Brito, a prefeita que foi casada com o gestor Jose Gildo Rodrigues Silva, aproveitou do ‘’conhecimento’’ do ex-marido para se colocar no poder.

Nas últimas eleições, houve indícios de que Gildo articulou uma compra de votos para que a atual prefeita vencesse as eleições. Na apuração, foi observado que Maria venceu a disputa com uma diferença de apenas de 3,72% para o segundo colocado, o que para o advogado, evidencia que existiu uso de recursos ilegais no páreo.

No documento, a utilização de propaganda irregular aparece como um dos objetivos do plano de campanha, a exemplo de carreatas e eventos realizados fora do período legal. Na época, a gestora e o atual vice-prefeito, Rodolfo Queiroz de Aquino receberam uma multa de R$ 15.000,00 a ser paga pelo descumprimento da regra eleitoral.

Além dessa alegação, os gestores também irão responder por abuso de poder econômico e improbidade administrativa, já que há relatos de que alunos do município tenham sido dispensados das aulas, para que o transporte escolar pudesse ser usado na condução de filiados e simpatizantes à convenção partidária.

Com provas expressas em áudios e fotos, o advogado encerrou o documento mostrando que além dessas praticas ilegais, o ex-prefeito utilizou do dinheiro público para promover shows e inaugurar obras durante o período eleitoral, a fim de favorecer a atual prefeita.

“Acredito que a justiça será feita, pois as eleições foram maculadas desequilibrando o pleito”, concluiu Saulo.

Corrupção Eleitoral

Ainda de acordo com o advogado, em setembro 2016, os gestores realizaram uma reunião com comes e bebes em uma chácara do município. Lá, cerca de 300 funcionários contratados e comissionados compareceram sob pena de demissão. O prefeito teria ameaçado os funcionários durante discurso, avisando que caso a candidata indicada não vencesse as eleições, todos perderiam suas funções.*

Caso sejam considerados culpados os gestores serão afastados definitivamente de seus cargos, ficando a prefeitura sob administração da presidente da Câmara Municipal, até que seja convocada uma nova eleição.

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