Em tempos em que o auxílio-moradia de juízes tem sido debatido pela sociedade em geral, vale salientar que esse tipo de abuso também acontece em Alagoas.
Não só no Tribunal de Justiça (TJ), mas também no Ministério Público Estadual (MPE-AL). Em 2016, o deputado estadual Antônio Albuquerque usou o plenário para discutir as mordomias recebidas pelos promotores e procuradores de Alagoas.
À época do pronunciamento, o procurador-geral de Justiça do Estado era Sérgio Jucá, que defendia o recebimento do benefício.
Atualmente, quem ocupa o cargo é o promotor Alfredo Gaspar Mendonça, que já espalha para todos que será pré-candidato às eleições.
Na ocasião, o procurador Jucá fez questão de mencionar que o auxílio-moradia não iria gerar nenhum acréscimo nas despesas.
Porém, o parlamentar encontrou irregularidades ao ler o projeto que pedia o pagamento do benefício.
“Fique estarrecido porque o procurador-geral sempre tem se colocado acima do bem e do mal. No projeto que chegou a essa Casa existe o ato confesso que o auxílio já vem sendo aplicado aos membros do MPE”, destacou Albuquerque. Tal fato seria imoral e ilegal.
O deputado prosseguiu: “não sei em que instrumento isso (o pagamento) está baseado, só sei que na lei não é”. “Se essa matéria (recebimento do auxílio) fosse oriunda de outro poder, seriam inúmeras as ações movidas pelo homem público citado (Jucá)”.
Durante pronunciamento de Albuquerque, os demais deputados estaduais preferiram se calar do que opinar a respeito, uma vez que vários já passaram pelas investigações do órgão criticado.
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