“Políticos só aparecem nas igrejas de quatro em quatro anos”, diz Ildo Rafael

O radialista e pastor evangélico, Ildo Rafael, em conversa com o jornalista Cícero Filho, do programa Perguntar Não Ofende, da TV Maceió Agora, falou de seus objetivos políticos para as eleições deste ano e não fugiu de perguntas polêmicas sobre corruptos dentro das igrejas. Acompanhe as declarações do pré-candidato ao Senado por Alagoas.

 

1 – Aos olhos de Deus, o que é mais reprovável: duas pessoas do mesmo sexo que se amam e se respeitam ou pastores que roubam os fiéis fazendo fortunas comercializando a fé?

Deus criou homem para casar com mulher e mulher para casar com homem. Ele criou Adão e Eva e não Adão e Ivo. Quanto a líderes de religião que exploram, claro, que Deus reprova. Segundo a Bíblia, a união homoafetiva é um pecado e não abrimos mão disso. Por isso, somos fundamentalistas, mas não somos inimigos de ninguém. Eu vejo a homossexualidade um distúrbio orgânico que vem desde o nascimento. Nasce-se assim. Se Deus permitiu que a criança nascer dessa forma, não posso interferir o que Ele estabeleceu.

 

2 – Os mercadores da fé se aproveitam das pessoas que estão frágeis emocionalmente. Como vê esses líderes religiosos?

Uma Igreja Evangélica é uma empresa. Ela contrata uma televisão e tem custos. Também tem prédios, uma equipe de trabalho, pastores e auxiliares. A estrutura é enorme, então, tem que buscar dinheiro para cobrir esses custos. O trabalho social que as igrejas prestam é enorme. Se alguma igreja faz dinheiro usando o Evangelho e desvia a verba, isso é condenável. Igrejas mudam vidas e famílias. Tiram gente das drogas e prostituição. Igreja faz o homem nascer de novo.

 

3 – É verdade que o prefeito Rui Palmeira cortou relação com as igrejas?

Há uma distância muito grande e as denominações evangélicas. Vários pastores já tentaram um encontro, mas nunca tem tempo para nós. É provável que neste ano terá uma agenda. Políticos só aparecem nas igrejas de quatro em quatro anos. Nós, a Igreja Evangélica, formamos opinião. Depois que a eleição passa, as portas se fecham.

 

4 – Sabemos que a campanha para o Senado custa milhões de reais. Caso decida disputar, o que leva a crer na sua vitória já que não dispõe de tantos recursos?

Tenho 40 anos de rádio e milito também no jornalismo. Nós temos um objetivo. Em 2002, saímos para o Senado e tivemos uma votação muito boa, que outros políticos de nome não tiveram. Eu tinha 17 segundos de televisão e chegamos perto dos 100 mil votos. Neste ano, vamos buscar cada voto a partir de reuniões e de pessoa a pessoa. Tudo dentro de legislação.

 

5 – Quem faz uma melhor gestão: o prefeito Rui Palmeira ou o governador Renan Filho?

Depois do governador Ronaldo Lessa, não tivemos um com tanta garra como Renan Filho, isso é inegável. Diferente do antecessor dele que foi um fiasco. São muitas obras que Renan Filho vem desenvolvendo em Alagoas. Renan Filho é um bom governador, mas o prefeito Rui deixa muito a desejar. Não sei se foi por não conseguir vencer a crise. Não é só eu que digo, ouço nas ruas também.

 

6 – Historicamente, partidos pequenos e seus candidatos servem como laranjas. O senhor irá ocupar uma sigla menor, em 2018, mas irá se contrapor aos figurões da política alagoana ou fará o jogo deles?

Já fui convidado por partidos de tamanho médio e partidos grandes também. Estamos avaliando tudo isso. Hoje não há mais espaço para os laranjas. Os partidos e nomes estão entrando para disputar. Nós iremos nos contrapor com aqueles que sejam candidatos a senador. Sou pré-candidato ao Senado porque meu nome surgiu nas pesquisas sem eu fazer nada.

 

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