Collor finge ter chance à Presidência apenas para ajudar partido nanico

Vinte e cinco anos depois de renunciar à Presidência, numa tentativa desesperada de escapar do impeachment por corrupção em seu governo, o senador por Alagoas, Fernando Collor de Mello (PTC), está de volta à disputa sucessória. Ele afirma, em delírios, que vai pôr novamente sua candidatura nas ruas, na tentativa de repetir a vitória surpreendente de 1989.

O ex-governador de Alagoas aposta suas fichas na memória curta do povo brasileiro. Pode até ser curta, mas não tanto quanto ele pensa. Ainda estão vivos na cabeça de várias gerações o despreparo e a prepotência de Collor — e também a rede de corrupção que seus asseclas montaram.

Quem aparenta apresentar lapsos de memória é o candidato do PTC, partido com origem no PRN, pelo qual Collor se elegeu à Presidência. Em entrevista após o anúncio de sua pré-candidatura, na sexta-feira, 19, em Arapiraca, ele usou um argumento tão falacioso quanto o de “caçador de marajás” que o tornou famoso.

“A experiência vai contar muito na avaliação do eleitorado brasileiro. Ele não quer ser mais vítima de surpresas, do inesperado, do desconhecido, de algo que já verificou que não dava certo. Vai desejar candidatos que tenham experiência e compromissos sociais”. E apresentou-se como o candidato com esse perfil.

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