“Fui vítima de uma grande armação da Polícia Federal”, diz Adeilson Bezerra

O presidente do PRTB, em Alagoas, Adeilson Bezerra, contou ao jornalista Cícero Filho, do programa Perguntar Não Ofende, da TV Maceió Agora, todas dificuldades enfrentadas ao ser acusado inocentemente pela Operação Navalha. Ainda segundo Bezerra, a Polícia Federal agiu de má fé durante as investigações. Confira!

 

1 – Os partidos políticos em Alagoas são um balcão de negócio?

Atualmente está havendo a criminalização da atividade política partidária. Então, quando um partido faz uma aliança com outro visa atender o poder e nele permanecer. Além de participar da administração. Hoje está sendo considerado um crime. Vendo dessa forma, tudo vira ilegal, um balcão de negócios.

 

2 – Você já foi acusado de ingrato pelo deputado federal Cícero Almeida. O que tem a dizer sobre isso?

Acho que foi um momento um pouco disperso do deputado porque, em 1999, eu que fui aos corredores da TV Alagoas buscar o radialista para ser candidato em uma chapa que eu estava fazendo, na qual ele foi eleito. Depois disso, perdi pouco o contato. Em 2013, busquei ele para o projeto de eleger um deputado federal. Cícero que deve ser grato todas as passagens que vivi com ele.

 

3 – Durante uma década, você teve sua imagem arranhada com suposta participação na Operação Navalha. Hoje, absolvido, como vê esse episódio?

Vivi um período de limbo político. A Operação Navalha foi por causa de uma briga de grandes construtoras do país. Na época, eu era secretário de Estado de Infraesturura e tive minha prisão coercitiva decretava. Um tremendo abuso de autoridade. Minha briga durante todo esse tempo foi para provar minha inocência. Graças a Deus, eu acreditei na Justiça do Brasil e fui absolvido.

 

4 – Você também foi denunciado fraude na CBTU. Como anda essa denúncia?

Saí da CBTU com todas minhas contas aprovadas em março de 2006. De lá fui para a Infraero. De lá, para ser secretário de Estado. Depois da Operação Navalha entraram para reabrir todas as minhas contas. Então, teve uma ação de imbrobidade administrativa e uma ação. Ambas vão ter o mesmo final que teve a Navalha.

 

5 –  Qual a chance do ex-industrial João Lyra ser candidato à Câmara Federal pelo PRTB?

Já disse a ele como era o projeto do partido e que seria uma honra trazê-lo para o PRTB. Ficaram de me entregar a ficha de filiação para fazermos um ato e chamarmos a imprensa. É possível sim a vinda dele. Estamos no aguardo.

 

6 – Você tem dito que foi caluniado e difamado pela Polícia Federal. Confirma isso?

Sim, setores da Polícia Federal, com má fé, se uniram a grandes empresas para a Operação Navalha. Infelizmente me colocaram no meio e fui acusado de fraudar licitação. Na época, sequer tinha realizado alguma. Foi uma grande armação, uma grande calúnia. Mas, está tudo resolvido.

 

7 – Como foi passar uma década sob suspeitas?

A melhor coisa que aconteceu foi minha mãe estar viva para ver a absolvição. Se eu não fosse advogado estava perdido. Eu advoguei em casa própria desde o início até o fim. Eu mesmo fiz todo o processo. Passei por tudo isso com cabeça erguida porque sabia da minha inocência.

 

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