Técnicos da UFAL se unem em ato e fecham entrada do Ministério do Planejamento

O Comando Nacional de Greve (CNG) da Federação de Sindicatos dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (FASUBRA Sindical) faz uma vigília, desde a madrugada (27), fechando a entrada do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (MPDG), bloco C da Esplanada dos Ministérios em Brasília-DF. Uma delegação de Alagoas também se une aos manifestantes.

No ato público, os grevistas declararam que ninguém entra no Ministério até que a categoria seja recebida pelo ministro Dyogo Oliveira, para discutir a pauta de reivindicações. As entradas estão bloqueadas e os trabalhadores servem café da manhã aos caravaneiros vindos de diversos estados, para participar da Caravana e Ato Nacional nesta terça (28), em Brasília.

Milhares de servidores públicos prometem engrossar as fileiras de mobilização em defesa do serviço público, contra os ataques ao funcionalismo e em defesa da Carreira e Educação Pública.

Quebra de acordo

Desde setembro de 2016, o governo federal se recusa a dialogar com os representantes dos trabalhadores. No total, foram 13 ofícios enviados ao Ministério da Educação (MEC), sem resposta ou até mesmo justificativa à Federação.

Greve

Em greve nacional há 17 dias, cerca de 200 mil técnicos das instituições federais de ensino em todo o país reivindicam abertura de diálogo com o governo, após a quebra do Termo de Acordo assinado em 2015. Até o momento, de 63 instituições de ensino superior, 38 aderiram à greve e algumas ainda realizam assembleias.

Ataques ao funcionalismo

Os grevistas também protestam contra a Medida Provisória 805/17 (adiamento de reajustes e aumento da contribuição previdenciária), alvo de ações judiciais pelas entidades representantes dos servidores públicos, e o PLS 116/17 que prevê demissões (estabilidade).

Apoio parlamentar

Os trabalhadores têm solicitado apoio aos parlamentares à reivindicação da Categoria em audiências públicas. Principalmente em defesa das instituições federais de ensino em crise.

Apoio dos reitores

A Federação solicitou aos reitores apoio ao movimento paredista, evitando qualquer forma de retaliação aos grevistas, na reunião do Pleno da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (ANDIFES), em Brasília-DF, no dia 22 de novembro.

STF

Por sua vez, nesta quarta (29), os representantes das entidades dos servidores públicos realizam Ato Público no Supremo Tribunal Federal (STF) para apresentar ações jurídicas contra a MP 805/17 (aumento da contribuição previdenciária e adiamento dos reajustes). Também será entregue um memorial que questiona a inconstitucionalidade da Emenda Constitucional nº 95/16, que congela investimentos em políticas públicas por 20 anos.

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