Arthur Lira trama escanteio de Marx Beltrão em jogada suja

Arthur Lira, líder do PP e, consequentemente, um dos chefes do Centrão já está dando chiliques, em Brasília. Segundo a impressa nacional, ele intimou Temer: “ou muda Ministério ou não vota nada”. Na realidade, há um interesse familiar na pressão de Lira. Ele pretende derrubar Marx Beltrão do Ministério do Turismo.

Beltrão é candidato ao Senado pelo PMDB em dobradinha com Renan Calheiros. Hoje, em Alagoas, a outra cadeira de senador que será posta em disputa é de Benedito de Lira, pai do deputado do PP. Ou seja, Lirinha quer fragilizar o principal adversário do pai na disputa.

Isso mostra que Arthur Lira está atirando para todos os lados para não perder a mamata em 2018. Em outubro, o deputado, em vídeo partidário, comentou as notícias que vem sendo veiculadas em sites e jornais sobre o prefeito Rui Palmeira se tornar o presidente do PSDB em Alagoas.

Para Lira, tal mudança é preocupante. Conforme explicou no vídeo, tudo não passa de um acordo branco entre o senador Renan Calheiros (PMDB) com Téo Vilela (PSDB). “São senadores siameses, ficou claramente definido isto nas eleições de 2014, quando o então governador Téo Vilela apoiou uma candidatura que não refletia naquele momento a vontade do povo alagoano”, disse. Tudo seria para selar acordo com os Calheiros. Conforme o deputado federal, a base aliada de Vilela foi traída em 2014 pelo fato do governador ter escolhido a candidatura de Eduardo Tavares (PSDB) ao go­verno.

Porém, o que parece é que os Lira es­tão temendo mudanças nas eleições de 2018. Os pré-candidatos Renan Filho e Téo Vilela podem tirar fácil a vaga de Biu pa­ra o Senado. Enquanto isso, a estratégia é que apoiando Rui Palmeira para Governo do Estado, Raimundo Palmeira, enteado de Benedito de Lira, ficaria com o Exe­cu­ti­vo da capital.

Alguns aliados chegaram a pensar que Rui Palmeira mudaria de partido para não ficar refém do PSDB. Porém, Vilela res­salta que não há, nem nunca houve, acor­do com o senador Renan Calheiros pa­ra tentar desarticular a oposição e favorecer a Renan Filho, Renan Calheiros e o próprio Vilela.

“Nós que fazemos o grupo de opo­si­ção estamos lendo e vendo com bastante pre­­ocupação algumas notícias que estão sen­do veiculadas nos jornais sobre Rui Pal­mei­ra (PSDB), o nosso candidato ao gover­no, assumir a presidência do PSDB”, disse o deputado.

BIU e ARTHUR

Esquema ilícito chegou a desviar mais de R$ 2,3 bilhões da Petrobras

Pai e filho são acusados de receber propina da Petrobras

A ministra do Supremo Tribunal Federal Rosa Weber autorizou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) tenha acesso ao material da investigação do Ministério Público de Alagoas envolvendo o líder do PP na Câmara dos Deputados, Arthur Lira. Ele é acusado de se apropriar indevidamente de recursos públicos desviados da Assembleia Legislativa de Alagoas.

Em documento encaminhado a Rosa We­ber, a PGR solicita acesso a informações da ação de improbidade administrativa que tra­mita em Alagoas antes de denunciá-lo ao STF.

Arthur Lira já foi condenado pela Justiça de Alagoas, mas recorre da decisão.

No começo do ano, o senador alagoano Benedito de Lira e Arthur Lira foram acusados pela força-tarefa da operação Lava Jato de ter desviado, no total, mais de R$ 2,3 bilhões da Petrobras através de esquemas criminosos.

De acordo com a força-tarefa da Lava Jato, a ação, que envolve os alagoanos, cita dois esquemas de desvio de recursos: um envolvendo a Diretoria de Abastecimento da Petrobras, e outro ligado aos benefícios que a Braskem, empresa do Grupo Odebrecht, obteve a partir da atuação deste setor da estatal. A ação pede que o PP seja condenado a ressarcir a Petrobras em R$ 2.303.182.588,00.

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