Trabalhadores realizam ato no Centro contra as reformas do governo federal

Integrantes de movimentos sindicais, sociais e servidores públicos realizaram um protesto em Maceió na manhã desta sexta-feira (10) contra as novas leis trabalhistas, que entram em vigor a partir de sábado (11), e também contra a reforma da Previdência, que ainda será votada no Congresso.

A caminhada passou pelas ruas do comércio e parou no Palácio República dos Palmares, onde os trabalhadores cobraram a resolução de pautas pendentes com o Governo de Alagoas, como a que trata de demandas dos servidores públicos estaduais e da agricultura familiar. De lá seguiram para o Tribunal de Justiça e encerram a atividade no Calçadão do Comércio.

O objetivo principal, segundo a presidente da Central Única dos Trabalhadores, Rilda Alves, é chamar atenção para a luta contra a reforma da previdência. “Ontem o governo sinalizou que, até o final do ano, quer colocar em votação as reformas. Além disso, temos a privatização das empresas públicas, como aeroportos e a Petrobras. Com isso, vamos aumentar o desemprego e precarizar a qualidade só serviço prestado”.

Outro ponto levantado foi a reforma trabalhista, que entra em vigor a partir deste sábado (11) e, de acordo com Rilda, retira direitos conquistados pela classe trabalhadora. “Saímos da escravidão, mas hoje o trabalhador vai passar a ser escravo do patrão. Essa nova lei abre possibilidade para a divisão das férias em três vezes, para gestantes serem colocadas em serviços de risco e também tem a questão de que vai prevalecer o negociado sobre o legislado”, afirma a presidente.

Ela acrescenta que a finalidade é, ainda, chamar a responsabilidade para os políticos alagoanos que votam no Congresso, além da própria sociedade civil.

A presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas (Sinteal), Maria Consuelo, ressaltou ainda os prejuízos para a área. “As reformas atingem frontalmente, assim como a Ensino Médio, que tem dentro a lei da mordaça. Desde que esse governo assumiu a pauta de retrocesso é muito grande. Só podemos avançar com recursos”, afirma a presidente.

Participaram do ato a CUT, a Conlutas, a Frente Brasil Popular, o Fórum em Defesa da Previdência, movimentos de luta pela terra e sindicatos como Sinteal, dos Bancários e os Urbanitários.

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