Ato no centro de Maceió defende Sistema Único de Assistência Social

Um ato na Praça Dom Pedro II, no centro de Maceió, na manhã desta quinta-feira (28), defende a manutenção do Sistema Único de Assistência Social (Suas). Trabalhadores buscam alertar a sociedade para um corte de recursos, assegurados no orçamento da União, para a Assistência Social, em 2018.

A mobilização é organizada pelo Colegiado Estadual de Gestores Municipais de Assistência Social (Cogemas/AL) e o Fórum Estadual dos Trabalhadores do Suas (FETSUAS). Segundo o Colegiado, a redução pode chegar a 97%.

A presidente do Cogemas, Giselda Barbosa de Souza, disse que se esse corte acontecer haverá um prejuízo para serviços de assistência a famílias com riscos sociais e pessoais, e as que já se encontram em situação de risco e que tiveram seus direitos violados por ocorrência de abandono, maus-tratos, abuso sexual, uso de drogas, entre outros aspectos.

“Isso significa fechar os Cras, acabar assistências a pessoas com o Bolsa Família e outros serviços. É um sucateamento da política pública de crise”, falou a presidente.

Impacto Financeiro

A discussão teve início no último dia 19 de julho, quando o Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) aprovou a Proposta Orçamentária da Assistência Social no valor de R$ 59 bilhões para 2018.

No entanto, o Ministério do Planejamento estabeleceu o limite de R$ 900 milhões para toda a rede de serviços e programas na área.

O Conselho comunicou que o governo resolveu lançar uma proposta de orçamento de R$ 78 milhões, que é abaixo do próprio limite. “O governo nega que tenha esse corte, mas no próprio site do Ministério consta o valor”, disse Giselda.

A presidente do Cogemas disse que o orçamento será votado até o dia 30 de outubro. “Estamos fazendo o apelo para os deputados e senadores que não aprovem esse valor no orçamento”, expôs.

A coordenadora geral dos Cras de Maceió disse que a falta de recurso pode fechar as unidades. “São quinze Cras em Maceió com capacidade para mil atendimentos. Esse serviço não pode deixar de ser feito”, alertou.

Integrantes do Movimento da População de Rua participaram do ato. “Eu vivi em marquise e hoje tenho voz por causa dos projetos sociais. Deixar isso acabar é um retrocesso”, falou o presidente do Movimento, Rafael Machado.

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