Na última quarta-feira (13), a Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE), através de seus deputados, em uma jogada para prejudicar o trabalhador, votou os vetos do governo em relação ao Plano de Cargos dos Servidores do Poder Judiciário alagoano. Os vetos atingiram direitos básicos e comuns, como Auxílio-Alimentação e Auxílio-Saúde, exigências que não são mordomias ou luxo.
Os deputados votaram pela manutenção dos vetos, ou seja, mantiveram a decisão do governo, contrariando direitos justos dos servidores. Contudo, o que mais chamou atenção foi a demonstração de desprestígio do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL), em relação à Casa de Tavares Bastos.
O TJ-AL, através do seu vice-presidente, desembargador Celyrio Adamastor, entregou oficialmente ao presidente da ALE, deputado Luiz Dantas, solicitação de derrubada dos vetos, o qual se comprometeu em atender o pedido da Corte alagoana. Talvez Dantas tenha esquecido de combinar com seus pares, pois estes não consideraram o pedido feito pelo Tribunal votaram contra. O líder do governo, deputado e também servidor público, Ronaldo Medeiros, sequer participou da votação.
O deputado Bruno Toledo foi o relator da matéria e deu parecer favorável a derrubada dos vetos. A pergunta que fica no ar é qual o motivo do desprestígio do TJ em relação à Assembleia? Talvez seja o jogo duro que a Justiça de Alagoas tem feito contra alguns acusados de corrupção.
Deputados que votaram contra o pedido do TJ e servidores do judiciário:
Carimbão Júnior, Chico Holanda, Dudu Holanda, Francisco Tenório, Isnaldo Bulhões, Léo Loureiro, Marcos Barbosa, Olavo Calheiros e Ricardo Nezinho.
Deputados que votaram a favor do pedido do TJ e servidores do judiciário:
Bruno Toledo, Edval Gaia, Galba Novaes, Jó Pereira, Rodrigo Cunha e Sérgio Toledo.