Seminário aborda inclusão de deficientes no mercado de trabalho

O seminário “Avanços da Lei Brasileira de Inclusão e Lei de Cotas” realizado nesta sexta-feira (18), em Maceió abordou a falta de oportunidades para os surdos em Alagoas. A ação faz parte da Semana da Pessoa com Deficiência.

O evento visa debater os progressos das leis Brasileiras de Inclusão e de Cotas. Segundo a deputada federal Rosinha da Adefal (PTdoB), as leis determinam a inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho. “As leis trouxeram um avanço enorme para a empregabilidade das pessoas com deficiência. No entanto, ainda há poucas empresas que cumprem devidamente a lei. Um caso muito comum são empresas que contratam pessoas com deficiência, mas não os oferecem condição de trabalho”, disse a deputada.

Rosinha ainda disse a Superintendência Regional do Trabalho de Alagoas e o Ministério Público do Trabalho (MPT) devem fiscalizar as empresas e em casos de descumprimento da lei, sejam multadas ou fechadas.

A professora Juliana Mafra é um exemplo. Ela é surda e ensina Libras a alunos ouvintes nos cursos de fonoaudiologia, terapia e enfermagem. “No começo fiquei preocupada em ensinar ouvintes porque não sabia como os alunos iam reagir às aulas. Mas eles adoram, são curiosos. E eu sempre trabalho para que eles fiquem ainda mais animados com a língua. Com a aula de Libras, os alunos vão se tornar profissionais capacitados para se comunicar com seus pacientes”, ressaltou.

Juliana também disse que teve muita dificuldade para conseguir emprego antes de ser aprovada no concurso público, e quando conseguia, o salário era baixo.

Segundo ela, o salário do professor de Libras surdo é mais baixo que o do intérprete. “O surdo tem que ter uma formação. Só se aprende Libras através de uma pessoa surda”, finalizou.

Botão Voltar ao topo