PF cumpre mandados contra emissão falsa de certificados escolares

A Superintendência Regional da Polícia Federal em Alagoas desencadeou, nesta quinta-feira (17), a chamada “Operação Marueiros” com o cumprimento de mandados de busca e apreensão e condução coercitiva, expedidos pela 17ª Vara Criminal da Justiça Estadual do Estado de Alagoas, nos municípios alagoanos de Campo Alegre e Teotônio Vilela.

A Polícia Federal instaurou inquérito policial para apurar suposta emissão de certificados falsos pela Escola Municipal de Ensino Médio Felizardo Lima, situada no povoado de Luziápolis, em Campo Alegre, os quais teriam sido utilizados para obtenção de empregos temporários junto às Prefeituras de Campo Alegre e Teotônio Vilela.

Ao todo, foram expedidos nove mandados de busca e apreensão e oito de condução coercitiva. Foi utilizado um efetivo de 35 policiais federais da Superintendência Regional da PF de Alagoas, para execução das medidas judiciais.

O material arrecadado será levado à Superintendência Regional de Polícia Federal em Alagoas, onde passará por análise.


Documentos apreendidos em operação da PF no interior de Alagoas

‘Derrame de documentos’

Em entrevista à imprensa, o delegado regional de Combate ao Crime Organizado, Daniel Silvestre, explicou que o caso se trata de um “verdadeiro derrame” de certificados falsos, com a PF conseguindo chegar a oito pessoas envolvidas direta ou indiretamente na fraude.

“A PF instaurou inquérito há um mês, solicitando informações aos órgãos públicos. Sabemos que as pessoas que subscreveram os certificados sequer existem ou não possuíam vínculo com a instituição de ensino. Quanto aos solicitantes dos certificados, não sabemos se são alunos ou não da escola. Após a constatação, solicitamos os mandados à 17ª Vara Criminal. Além das conduções coercitivas, foram apreendidos alguns certificados”, explicou o delegado.

Daniel acrescentou não ter havido buscas nas Prefeituras de Campo Alegre e Teotônio, mas todo o caso será investigado, visto que os procedimentos ainda estão na fase inicial. “Em princípio, os suspeitos devem responder por uso de documento falso e falsificação de documento público. Também estamos apurando se há uma associação criminosa”.

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