A Comissão Executiva Nacional do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) enviou nesta quarta-feira (16), um ofício ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), solicitando a mudança da sigla para “MDB”.
Para entrar em vigor, a alteração precisa ser aprovada em convenção nacional da legenda, que tem previsão de acontecer no dia 27 de setembro. O presidente da legenda, senador Romero Jucá (RR) informou que o objetivo da mudança é resgatar a memória histórica do partido e retirar “o último resquício da ditadura”.
Romero Jucá ainda disse que queria “rebater alguma crítica que deve surgir de que o PMDB estaria mudando de nome para se esconder” nas eleições de 2018. “Não é verdade. Nós estamos resgatando a nossa memória histórica e retirando o último resquício da ditadura dentro do PMDB, porque esse ‘P’ foi uma determinação do regime militar para se colocar antes do ‘Movimento’. Tanto que existia MDB e Arena. O MDB virou PMDB e Arena mudou de nome para PDS porque não tinha como ficar ‘Parena'”, disse ele.
O TSE explicou que a lei orgânica de 1971 obrigava que a palavra “partido” estivesse presente no nome da legenda, mas em 1995 ela foi substituída pela Lei dos Partidos Políticos e passou a não exigir.
O senador defendeu ainda que o nome “Movimento” é muito mais adequado às intenções da legenda. “O nome partido é desnecessário. Nós não queremos ser um partido, queremos ser uma força política, e nós vamos ser”, afirmou Jucá.
Atualmente quatro dos 35 partidos registrados no TSE não têm a palavra “partido” no nome.
