O Instituto do Meio Ambiente (IMA) informou nesta segunda-feira (14) que a mortandade de peixes na Lagoa da Anta, que fica no bairro de Jatiúca, em Maceió, foi provocada pela péssima qualidade da água. O registro foi feito há cerca de duas semanas.
Em abril deste ano, fiscais da prefeitura flagraram ligações clandestinas de esgoto lançadas na lagoa. Naquela época, o diretor de licenciamento ambiental da Superintendência Municipal de Controle do Convívio Urbano (SMCCU), Hugo Rodrigues, diz que em menos de um ano peixes e tartarugas que viviam na lagoa apareceram mortos por conta da poluição.
Segundo o IMA, foi constatada a deficiência de Oxigênio Dissolvido (OD), elevada Carga Orgânica (DBO) e valores indesejáveis de Coliformes Termotolerantes (Fecais).
A constatação foi feita pelo Laboratório de Estudos Ambientais do IMA, com base em amostras coletadas em três diferentes pontos e analisadas segundo o que determina as resoluções do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama).
A gerente de Monitoramento e Fiscalização do IMA, Pollyana Gomes, explicou que o próximo passo é avaliar o resultado das análises para verificar se é possível responsabilizar alguém pela mortandade.
Como forma de evitar mais problemas desse tipo, o gerente de Laboratório do IMA, Manuel Messias, disse que o laudo técnico recomenda que seja mantido ligado o aerador mecânico para incorporar oxigênio na água, principalmente nos períodos noturnos.
De acordo com Messias, este mecanismo também serve para misturar a água, impedindo que não aconteça o acúmulo de gases tóxicos no fundo em que os peixes podem morrer.
Além disso, também é preciso que seja feita a desobstrução do canal de drenagem superficial de água entre o extravasor de saída da Lagoa da Anta, paralelo à orla marítima, facilitando o seu escoamento.
O gerente do labotário disse também que é necessário que sejam investigadas possíveis ligações clandestinas de lançamento de esgotos sanitários diretamente na galeria de águas pluviais.
