Julgamento do recurso de apelação do ex-deputado Luiz Pedro é adiado

Foi adiado o julgamento do recurso de apelação movido pela defesa do ex-deputado Luiz Pedro da Silva, que aconteceria nesta nesta quarta-feira (2) na Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL). Ele contesta a condenação a 26 anos e 5 meses de prisão pelo assassinato de Carlos Roberto Rocha Santos, em agosto de 2004.

O processo foi retirado da pauta a pedido da defesa de Luiz Pedro e também da acusação, que alegaram problemas de saúde. O desembargador relator, Sebastião Costa Filho, também queria mais tempo para analisar melhor o processo.

Familiares de Santos estavam aguardando o júri do recurso quando foram informados do adiamento. O irmão dele, Sérgio Rubem disse que espera que o ex-deputado seja preso. “Há quase treze anos esperamos por Justiça. Meu pai lutou muito por isso, mas morreu pouco mais de um mês. Se ele estivesse vivo estaria aqui. Vou continuar esperando e quero ver ele (Luiz Pedro) sair algemado”, falou.

O julgamento de Luiz Pedro em primeiro grau ocorreu em setembro de 2015. Ele foi condenado por homicídio qualificado, sequestro e formação de quadrilha, mas ganhou o direito de recorrer em liberdade.

O ex-deputado estadual que também é ex-cabo da Polícia Militar, é apontado como mandante do crime. Ele já foi preso duas vezes pelo crime. A justiça decidiu que Luiz Pedro deveria ir a júri popular, mas ele recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e teve o recurso negado. O processo tramitou na 8ª Vara Criminal da Capital e o julgamento que o condenou foi coordenado pelo juiz John Silas da Silva.

O caso

De acordo com os autos do processo, a vítima estava em casa, na Rua Nossa Senhora da Conceição, no Clima Bom, quando homens armados invadiram o local mediante ameaças e renderam o servente e sua mulher, na madrugada de 12 de agosto de 2004.

Ainda de acordo com o processo, a vítima foi levada de casa para um terreno, onde foi assassinada com vários tiros. O corpo dele desapareceu de forma misteriosa do Instituto Médico Legal (IML). Foram condenados no caso por homicídio qualificado Adézio Rodrigues Nogueira, Laércio Pereira de Barros, Náelson Osmar Vasconcelos de Melo e Leone Lima.

Segundo a acusação do Ministério Público, os homens faziam parte de uma organização criminosa chefiada e mantida por Luiz Pedro, que funcionava como uma suposta milícia.

Carlos Roberto teria sido morto por consumir entorpecentes, bem como por ter se desentendido com integrantes do grupo criminoso.

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