Advogado de Temer diz que denúncia é vontade de ‘acusar por acusar’

O advogado do do presidente Michel Temer, Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, disse nesta quarta-feira (2) no plenário da Câmara que a denúncia da Procuradoria-Geral da República é “capenga” e demonstra apenas a vontade de “acusar por acusar”.

Mariz discursou na sessão aberta para analisar a denúncia de corrupção passivacontra Temer. Antes dele, falou o relator do parecer elaborado na Comissão de Constituição e Justiça, deputado Paulo Abi-Ackel, que defendeu o arquivamento do denúncia.

De acordo com Mariz, a peça apresentada pela PGR não tem fundamentos jurídicos e coloca em risco “conquistas” benéficas para a população ao longo do governo Temer.

Se a Câmara autorizar o prosseguimento da denúncia (com o voto de pelo menos 342 dos 513 deputados), o caso vai para o Supremo Tribunal Federal, que pode transformar Temer em réu. Nesse caso, o presidente seria afastado.

“Nesta hora se põe em risco conquistas de um ano de governo, conquistas do presidente Michel Temer e de seus ministros. Será que isso é patriótico? Será que se faz isso em nome da Justiça? Mas que Justiça? Que Justiça, em face de uma denúncia capenga, chocha, fruto de elaboração mental, fruto de ficção? Uma denúncia que só denota vontade de acusar por acusar”, argumentou Mariz.

O advogado do presidente exaltou melhoras na economia durante o governo Temer discurso e questionou se a sociedade gostaria de afastar o presidente, sob o risco de prejudicar avanços econômicos.

“São equívocos [na denúncia] que estão colocando o país em dificuldades em uma hora que o desemprego cai, o dólar cai, a indústria retoma o ritmo desejado… [A denúncia está] colocando em risco essas conquistas”, defendeu.

Se a Câmara autorizar o andamento da denúncia, a peça vai ser analisada pelo Supremo Tribunal Federal, que pode transformar Temer em réu. Nesse caso, o presidente será afastado. Mariz questionou se não seria melhor para a sociedade Temer terminar o mandato, ao final de 2018.

“É essa decisão que a sociedade brasileira quer? Será que a sociedade não prefere um ano e meio dessas medidas benéficas? E a moral e a dignidade pessoal do presidente da República?”, questionou.

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