Abraão Moura pode ser a ponte do abismo que separa Rui e Renan Filho

Dois jovens governantes que nutrem a nova geração da política alagoana. Rui Palmeira e Renan Filho, apesar de já nascerem em berço político, tem o poder de fazer do Estado de Alagoas um lugar melhor de se viver. Isso seria uma grande conquista, algo que seus pais e avôs tentaram, ou ainda tentam, mas não conseguiram.

Alagoas sofre com o analfabetismo, a falta de emprego, possui uma economia fraca, sem contar os números altíssimos da violência e criminalidade. Uma gestão honesta e focada faria facilmente do Estado um case de sucesso para o currículo de qualquer um. Porém,  todos sabem que “o buraco é mais embaixo”.

As duas jovens lideranças, em vez de trabalharem com união, gastam suas energias com intrigas e vaidade. A imprensa grita que Rui Palmeira irá sair para governo do Estado, em 2018. Rui se infla com as pesquisas, entretanto, tem uma capital cheia de problemas e dividida entre os bairros da orla e da periferia.

Enquanto isso, Renan Filho se arma numa suposta campanha contra Rui Palmeira e o desgaste político com Rui Palmeira reflete, sim, no seu governo. Entre os jornalistas de política mais experientes o consenso é que Rui deveria terminar o segundo mandato frente à Prefeitura e, só assim, disputar o governo do Estado.

Renan, caso reeleito, já teria encerrado seus dois mandatos e nenhum tomaria espaço do outro. Entre os nomes para continuar a jornada de Renan Filho como governador está o do ex-prefeito de Paripueira, Abraão Moura. Ironicamente, durante campanha eleitoral, de 2016, Cícero Almeida disse que quem mandava na prefeitura de Maceió era Moura.

Abraão Moura pode ser o elo que unirá Rui e Renan. Os poderes políticos no Estado, Câmara e Assembleia, já visualizam essa possibilidade. Deputados e vereadores acham que os governantes  devem se amadurecer mais e se unir para o melhor de Alagoas e capital.

Mas, na crise que se encontra o Estado, o necessário é pensar menos em 2018 e focar no presente. A desnecessária rivalidade entre Rui e Renan já fez com que a dupla fizesse papel de ridículo. A última foi sobre o São João. Rui resolveu não bancar a festa devido os estragos da chuva. Filho fez a festa e também campanha em cima da decisão de Rui.

Não é o que Maceió e Alagoas precisam neste momento. Porém, não falta olíticos para torcerem para que essa disputa cresça cada vez mais. Desconsiderar essa jogatina partidária e de interesses seria  uma demonstração de maturidade de ambos. Alagoas já está cheia de políticos que se elegem, roubam e viram as costas para o povo.

Quem não gosta novo são as raposas velhas que temem perder a mamata que estão acostumados. E nomes não faltam: como Benedito de Lira que sonha ver o enteado como prefeito de Maceió; e Téo Vilela que tem esperança num PSDB forte mesmo após tantos escândalos.

 

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