Leilão venderá R$ 16,8 milhões em bens de usina falida de Alagoas

A Justiça de Alagoas vai iniciar o leilão de R$ 16,8 milhões em bens da Massa Falida da Usina Laginha Agroindustrial S/A, no dia 26 de julho. O terreno e o imóvel da sede do escritório da Laginha, no litoral de Jacarecica, em Maceió, fazem parte do o item com maior valor de avaliação, fixado em R$ 15.720.000,00, de acordo com o edital publicado pela 1ª Vara de Coruripe no Diário da Justiça, da última terça-feira (20).

Além da sede da Laginha, serão levados à venda os seguintes bens, do montante que totaliza R$ 16,8 milhões em recursos que serão destinados ao pagamento da dívida de cerca de R$ 2 bilhões a quase 40 mil credores de Alagoas e de Minas Gerais: um apartamento situado na rua Cláudio Ramos, nº 331, no bairro Ponta Verde, avaliado em R$ 650.000,00; uma sala e uma garagem no edifício “Avenue Center”, no Centro de Maceió, com valor total de avaliação de R$ 145 mil; e uma aeronave modelo EMB-820C Carajá, ano 1985, avaliada em R$ 340.500,00.

Os lances poderão ser ofertados pela internet, no site da Superbid (www.superbidjudicial.com.br). Ou de viva voz, na Av. Eng. Luís Carlos Berrini, nº 105, 4º andar, bairro Vila Olímpia, São Paulo-SP. O leilão será conduzido pelos leiloeiros Renato Schlobach Moysés e Osman Sobral e Silva, matriculados nas Juntas Comerciais de São Paulo e de Alagoas, respectivamente.

O 1º pregão começará às 14h de 26 de julho, e se estende até 4 de agosto, no mesmo horário. Caso os lances ofertados não atinjam o valor da avaliação dos imóveis, no 1º pregão, o leilão terá continuidade até as 14h do dia 14 de agosto (2º pregão).

Após uma inércia de mais de oito anos da Justiça, com cinco trocas de juízes e a interferência ilegal dos filhos do industrial e ex-deputado federal João Lyra (PTB-AL), o processo da Massa Falida da Laginha está sendo conduzido pelos juízes Leandro de Castro Folly, Phillippe Melo Alcântara Falcão e José Eduardo Nobre Carlos. O processo tramita sob o nº 0000707-30.2008.8.02.0042.

Em 28 de abril deste ano, de tanto ter sido adiado, o leilão das usinas mineiras Triálcool e Vale do Paranaíba, foi esvaziado. A expectativa é grande para que as usinas sejam vendidas, porque elas renderiam R$ 400 milhões aos credores que esperam durante anos as quitações de dívidas, principalmente com trabalhadores e fornecedores de cana. (Com informações do TJ de Alagoas)

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