Sindicalistas pedem ajuda a Calheiros: “líder de todos nós”

Sem força para impedir o avanço da reforma trabalhista na Câmara dos Deputados, as centrais sindicais apostam em um novo aliado para tentar barrar a pauta no Senado. Para isso, contam com a ajuda de Renan Calheiros (AL), líder do PMDB. Após romper com o Palácio do Planalto, Calheiros articula uma aproximação com sindicatos e representantes dos trabalhadores, com direito a viagem pelos estados para fazer frente à reforma.

Na tarde desta terça-feira (25), Renan Calheiros usou o gabinete da liderança do PMDB no Senado para receber os representantes dos trabalhadores. Estavam presentes centrais de todos os lados: CUT, Força Sindical, CSB, CTB, Nova Central e até a Contag. Reverenciado pelos sindicalistas como “líder de todos nós”, o peemedebista ouviu os representantes de cada entidade antes de fazer uma dura fala contra a proposta do governo federal.

Ao comentar o “atropelo” com que o projeto vem sendo conduzido, ele classificou o texto de “terrível” e “desmonte do Estado democrático e social”. “Como as leis não envelhecem junto da sociedade, nós precisamos atualizá-las de vez em quando. Mas uma coisa é atualizá-las, outra coisa é desmontar. Isso é o desmonte do Estado democrático e social”, afirmou.

“Eu quero me colocar à disposição para que a gente possa discutir não apenas uma a uma das propostas, mas também para que a gente possa estabelecer estratégias”, complementou o senador. Em seguida, Renan mencionou a possibilidade de viajar para alguns estados e conversar com outras centrais.

O encontro com sindicalistas foi articulado pelo deputado Paulinho da Força (SD-SP) e pelo senador Paulo Paim (PT-SP), além de ter contado com a participação da senadora Kátia Abreu (PMDB-TO). “O Renan é a garantia de que a reforma vai parar no Senado”, comemorou Paulinho. Apesar da empolgação do deputado, o próprio líder do PMDB admitiu que nem todos da bancada do partido no Senado compartilham da mesma visão que ele.

“É evidente que, na bancada do PMDB, essa minha posição não é uníssona. Nós temos que submetê-la sempre aos companheiros e companheiras, mas vocês não tenham nenhuma dúvida de que nós vamos, na medida do possível, fazer a nossa parte, cumprir o nosso papel e o debate aqui no Senado”, prometeu Calheiros.

Botão Voltar ao topo