PF fez buscas na casa do desembargador e do irmão, o deputado Inácio Loiola

Atendendo a determinação do mi­nistro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), as residências do desembargador e ex-presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas, Washington Luiz Damasceno Freitas, e do irmão dele, o deputado esta­dual Inácio Loiola (PSB), ambas na Ponta Verde, em Maceió, foram alvo de uma operação de busca e apreensão de documentos na manhã desta sexta-feira (28) por parte da Polícia Federal.

Como a ordem partiu do ministro Fachin, a suspeita é de que a ação esteja relacionada a um dos inquéritos envolvendo o senador Renan Calheiros (PMDB), o que, contudo, não foi confirmado pela PF, cuja assessoria anunciou que qualquer informação oficial sobre o caso somente será dada pela PF de Brasília.

Inácio Loiola, que não se encontrava em casa no momento da chegada dos agentes da PF, foi alvo da operação devido às suspeitas de recebimento de doações para campanha eleitoral de dinheiro pago como propina por empresas investigadas no âmbito da Lava Jato. Já o desembargador, presente no momento da ação da PF, é suspeito de conceder decisões judiciais favoráveis a estas empresas.

A PF de Alagoas confirmou, contudo, que a ação integra a Operação Satélite 2, durante a qual, também hoje pela manhã, agentes da instituição realizaram buscas no escritório do advogado Bruno Mendes, ligado ao senador Renan Calheiros.

Mendes foi apontado como uma das pessoas presentes a um encontro na residência oficial do então presidente do Senado cuja conversa foi gravada pelo ex-presidente da Transpetro e delator da Lava Jato, Sérgio Machado. Na ocasião, foram feitas várias críticas à condução da Lava Jato. Entre os presentes, o ex-integrante do Conselho Nacional de Justiça, Fabiano Silveira, na qualidade de ministro da Transparência, Fiscalização e Controle. Silveira deixou o ministério e o CNJ após a divulgação da conversa.

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